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Réu da Operação Lava Jato e acusado de receber propina para impedir convocações na CPI da Petrobras, o ex-senador Gim Argello chorou em depoimento à Justiça nesta sexta (26), e disse que está sendo alvo de “vingança”.

“Eu não fui desonesto. Não pedi propina para ninguém, não pedi vantagem indevida a ninguém. Eu pedi doação eleitoral dentro da lei”, afirmou ele ao juiz Sergio Moro.

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Argello, preso preventivamente desde abril deste ano, foi denunciado sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro, concussão e embaraço à investigação. Ex-senador pelo PTB-DF, do qual se desfiliou há dois meses, ele era vice-presidente da CPMI da Petrobras, instalada em 2014.

Empresários que se tornaram delatores da Lava Jato, como Ricardo Pessoa e Otávio Marques de Azevedo, o acusam de ter pedido doações eleitorais em troca de evitar a convocação para a CPI. Ele nega e diz que jamais condicionou as doações à proteção no Congresso.

“Hoje eu virei um cachorro morto no mundo da política. Até desfiliado. Agora ficou fácil dizer isso”, afirmou a Moro.

Para ele, as acusações são “uma retaliação”. “Todas as pessoas que hoje me acusam foram indiciadas [na CPI]”, afirma. “Eu dizia: ‘O que está errado, não tem perdão’; foi até essa a expressão que eu usei.” O relatório da comissão foi aprovado em dezembro de 2014.

Às lágrimas, Argello disse que “sempre apoiou a Lava Jato” e pediu justiça a Moro. “Eu estou sendo julgado pelo cargo que eu exercia, porque a Lava Jato precisa de um senador.”

O juiz afirmou que “não tem nada disso” e disse que ele será julgado segundo as provas do processo.

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