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Youssef disse em depoimento à Justiça que fez dois repasses para o ex-deputado André Vargas. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Youssef disse em depoimento à Justiça que fez dois repasses para o ex-deputado André Vargas.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O doleiro Alberto Youssef confirmou, em depoimento ao juiz Sergio Moro, nesta quarta-feira (24), que foi intermediador de repasses para o ex-deputado André Vargas (sem partido). Youssef participou da oitiva como testemunha de acusação na ação que trata do suposto envolvimento do ex-deputado no esquema investigado pela Operação Lava Jato. Também são réus do processo o irmão do ex-parlamentar, Leon Vargas, e o publicitário Ricardo Hoffmann.

Youssef afirmou que fez a entrega de duas remessas de dinheiro em espécie que seriam destinadas ao ex-deputado – uma delas em São Paulo, no escritório do deputado federal José Mentor (PT-SP), e outra em Brasília, sem especificar o local. O doleiro disse não se recordar, porém, da quantia entregue em cada uma das ocasiões.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a possibilidade de lavagem de dinheiro de R$ 2,3 milhões por meio de contratos fictícios da empresa IT7 Sistemas com a Caixa Econômica Federal. A empresa seria de propriedade de Leon Vargas e usada como “duto” de propina pelo ex-parlamentar.

No depoimento, o doleiro confirmou que Leon pediu a ele que fizesse o recebimento de uma empresa para fazer a emissão de notas fiscais para “fazer reais”. “E assim foi feito, em dezembro de 2013”, disse Youssef durante o depoimento. Depois da operação ter sido feita, Youssef afirmou ter conversado com Leon e ouvido dele que o dinheiro seria destinado a André Vargas.

Relação pessoal

Youssef afirmou ainda que conhece Vargas “há mais de 20 anos”, mas que sua relação com ele se intensificou a partir de 2013, quando o doleiro pediu ao então deputado que intermediasse uma reunião dele com o Ministério da Saúde, para tratar de possíveis contratos de uma empresa de propriedade do doleiro – a Labogen, que também têm contratos investigados pela Operação Lava Jato. “Isso foi feito, mas não vi ilicitude nenhuma nisso”, declarou.

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