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Manifestantes se vestiram de preto e pintaram um bigode de Hitler na imagem de Beto Richa. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Manifestantes se vestiram de preto e pintaram um bigode de Hitler na imagem de Beto Richa.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB) sancionou a polêmica lei da reforma da previdência do funcionalismo estadual no mesmo dia em que enfrentou novos protestos. Isso menos de 24 horas depois do violento confronto entre policiais militares e manifestantes que tentavam evitar a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa. O embate da quarta-feira (29), no Centro Cívico, em Curitiba, deixou 213 manifestantes e 20 policiais feridos.

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Milhares de pessoas se reuniram, na manhã desta quinta-feira (30), para protestar contra a violência registrado na tarde de quarta-feira (29) no Centro Cívico, em Curitiba. Professores, servidores e cidadãos solidários aos funcionários estaduais vestiram preto e seguraram faixas com críticas diretas ao governador Beto Richa (PSDB)
e aos deputados estaduais que votaram a favor do projeto de mudanças na Paranaprevidência. Os manifestantes hostilizaram parlamentares que votaram a favor da proposta.

Pela nova lei, 33 mil funcionários inativos do estado vão passar a receber suas aposentadorias por meio do Fundo Previdenciário da Paranaprevidência. A mudança causará uma economia de R$ 125 milhões por mês para o governo, já que esses servidores serão pagos com recursos poupados ao longo dos anos pelos servidores, desonerando o Tesouro Estadual. Na prática, o governo terá mais dinheiro para gastar. Juntamente com o projeto de lei da Paranaprevidência, Richa sancionou a lei do ajuste fiscal do estado.

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Após a repressão aos manifestantes e professores na quarta-feira, cerca de 200 pessoas – a maioria estudantes universitários – protestaram nesta quinta-feira (30) em frente ao Palácio Iguaçu em apoio aos professores estaduais.

Com gritos como “Professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, os jovens saíram por volta das 12h da Praça 19 de Dezembro (a Praça do Homem Nu) e seguiram à sede do governo do Paraná. Grande parte deles usava preto em sinal de luto pelos incidentes da quarta-feira. Durante o trajeto, os participantes do protesto foram aplaudidos por pessoas que estavam na rua.

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Uma confusão começou quando os manifestantes chegaram à Assembleia Legislativa do Paraná. Alguns tentaram invadir o prédio, forçando a abertura do portão. Seguranças e policiais militares que estavam no local foram chamados para conter os manifestantes. A situação só se acalmou com a intervenção de outros participantes do protesto que eram contra a invasão. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), três pessoas foram presas. Todas já liberadas.

Depois, os manifestantes se reuniram em frente do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Um princípio de confusão começou quando os manifestantes furaram o bloqueio de seguranças e tentaram chegar ao portão do prédio. A tropa de choque saiu de dentro da sede do governo e os manifestantes se afastaram. O clima voltou a ficar tenso quando os manifestantes souberam das prisões de integrantes dos movimentos, mas logo os ânimos se acalmaram e o protesto continuou sem qualquer intervenção policial.

Com cartazes em apoio aos professores e críticas ao governador, os estudantes fizeram encenações artísticas simbolizando o luto da educação, penduraram uma bandeira preta embaixo da bandeira do Paraná hasteada em frente do Palácio Iguaçu. Eles pintaram o mastro com marcas de mãos vermelhas.

A manifestação foi encerrada por volta das 17h. Um novo protesto deve ocorrer na manhã desta sexta-feira (1.º de maio). Os manifestantes vão sair às 9h da Praça 19 de Dezembro e novamente vão seguir em direção ao Palácio Iguaçu. A expectativa dos líderes dos movimentos estudantis é que mais pessoas participem desse ato de repúdio.

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