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As mudanças eleitorais devem, em um primeiro momento, segundo especialistas, colaborar para que a renovação no Legislativo seja baixa e que os partidos invistam nos chamados “puxadores de votos”. Porém, para a especialista em marketing eleitoral Eloá Muniz, o que hoje parece ruim deve se tornar uma mudança de comportamento. “Com as normatizações do TSE, o pleito se tornará mais organizado e a forma de fazer campanha deve ser modificada. A proibição das doações de empresas é uma forma de dizer que a sociedade não aceita mais esse tipo de conduta”, diz. “Com o tempo, a disputa se tornará mais qualificada.”

Com uma campanha mais curta e proibição de doações de empresas, a tendência é que os candidatos mudem de estratégia e passem a encarar a campanha não apenas como um período de trabalho delimitado, mas de uma forma contínua, diz o professor de ciência política da PUCPR Másimo Della Justina. “As novas regras são uma clara evolução da democracia. Os candidatos devem ser criativos para trabalhar a imagem durante o período anterior à campanha e atuar para se tornar conhecido do eleitor.”

Para ele, o fim das doações por empresas também deve alterar a forma com que o pleito é decidido. “As campanhas atuais sofrem com uma ditadura financeira – quem tem mais dinheiro acaba se elegendo. Essa proibição trará mais igualdade à dispu ta.”

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