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Esposas de Richa e Abi foram sócias em faculdade em Londrina

Fernanda Richa e Eloiza Fernandes Pinheiro Abi Antoun foram duas das fundadoras de empreendimento. Eloiza é casada com empresário suspeito de manipular licitação do governo

Primeira-dama do Paraná, Fernanda Richa alega que a sociedade foi desfeita em 2002, quando a empresa foi vendida. | /
Primeira-dama do Paraná, Fernanda Richa alega que a sociedade foi desfeita em 2002, quando a empresa foi vendida. (Foto: /)

A esposa do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e a do empresário Luiz Abi Antoun foram sócias em um empreendimento em Londrina. Fernanda Richa e Eloiza Fernandes Pinheiro Abi Antoun foram duas das fundadoras da União Metropolitana de Ensino Paranaense Ltda., fundada em 1999. Nos documentos obtidos pela reportagem no 1.° Ofício de Londrina, elas aparecem como sócias de mais duas pessoas: Walter Montagna e Mauro Baratter.

Luiz Abi, que chegou a ser preso no mês passado como parte da Operação Voldemort, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é primo distante de Beto Richa. Desde a prisão do empresário, que ocorreu devido à suspeita de manipulação para fraudar a contratação de uma oficina mecânica em Londrina para consertar carros oficiais, o governador vem tentando distanciar seu nome do de Abi. Segundo Richa, os dois mantêm apenas “relações sociais”.

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Na época da fundação da Metropolitana, Fernanda Richa aparece como dona de 30% do empreendimento, que tinha capital inicial de R$ 300 mil. Ela tinha R$ 90 mil, assim como dois outros sócios. Eloiza Abi Antoun, que aparece ainda com o nome de solteira, de Eloiza Fernandes Pinheiro, tinha R$ 30 mil na sociedade.

Em 2002, pouco antes de a faculdade ser vendida para um grupo empresarial de Brasília, a participação de Fernanda Richa já havia subido para R$ 834 mil. Eloiza Abi Antoun aparecia como sócia minoritária, dona de R$ 139 mil do capital da empresa. Na época, a Metropolitana tinha capital social de R$ 2,6 milhões e já era dividida entre seis sócios.

Na última transação localizada pela reportagem, em 2007, a Metropolitana, que hoje se chama Pitágoras, foi vendida para o grupo Kroton por R$ 18 milhões. Na época, cinco anos após a saída das sócias originais, a instituição contava com pouco mais de 3 mil alunos.

Diretor

Além de Fernanda e Eloiza, Luiz Abi aparece ligado ao nome da Metropolitana. De acordo com registros em jornais da época, o empresário era um dos três diretores da faculdade, ao lado de Walter Montagna e de Nelson Sperandio.

O jornal Folha de Londrina afirmou em 2001 que Abi, no posto de diretor administrativo, estava tentando negociar com a prefeitura de Londrina a cessão de um terreno para servir como câmpus do empreendimento. A prefeitura, na época gerida por Nedson Micheletti (PT), negou o terreno.

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