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O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira se colocou à disposição do juiz Sergio Moro e dos investigadores da força-tarefa da Lava Jato para dar explicações após o delator Fernando Moura citá-lo em pagamento de R$ 600 mil provenientes de recursos desviados da Petrobras. É a segunda vez que Silvinho é citado pelas investigações por Moura, que admitiu ter feito repasses de propina ao ex-ministro José Dirceu.

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Através dos advogados Mariângela Tomé Lopes e André Augusto Mendes Machado, Silvinho disse que “novamente” pode prestar esclarecimentos sobre os fatos. O ex-petista, que foi citado no mensalão, é apontado pelo delator como uma peça chave na distribuição e indicação de cargos na estatal e no primeiro governo Lula. Moura além de dar detalhes sobre como entregou R$ 600 mil em dinheiro na casa de Silvinho, relatou que o ex-secretário-geral do PT recebia “um cala boca” de dois empreiteiros para não falar o que sabia sobre o esquema.

“Se for do interesse da Justiça e pertinente à apuração dos fatos tratados nesta ação penal, o peticionário (Silvio Pereira), novamente, coloca-se à inteira disposição deste juízo bem como dos procuradores da República que integram a força-tarefa”, afirmam na petição os advogados.

No domingo, o jornal O Globo mostrou que, depois de voltar aos holofotes da Lava Jato, o ex-secretário-geral do PT tenta mais uma vez submergir, como fez na época do escândalo do mensalão. Silvinho fechou, no ano passado, o restaurante que mantinha em Osasco, região metropolitana de São Paulo, e sua empresa de eventos. Não tem sido visto por amigos, e a família evita dar pistas sobre ele.

Ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o então secretário-geral do PT chamou a atenção pela primeira vez, em 2005, na mesma época do mensalão, com a revelação de que ele havia recebido de presente uma Land Rover da empresa GDK, fornecedora da Petrobras. Logo em seguida, Silvinho pediu para se desfiliar do partido e anunciou que abandonaria a política. Antes de ser julgado pelo envolvimento no mensalão, fez um acordo para prestar serviços comunitários e não correr risco de ser preso.

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