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Bernardo Carli: investigação do Gaeco é relacionado a crimes eleitorais durante a campanha do deputado. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Bernardo Carli: investigação do Gaeco é relacionado a crimes eleitorais durante a campanha do deputado.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Grupo de Operação ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava e a Procuradoria Regional Eleitoral de Curitiba deflagraram nesta terça-feira (1.º) a Operação Capistrum (cabresto, em latim), que investiga a família Ribas Carli pela prática de crimes eleitorais. Estão envolvidos o deputado Bernardo Ribas Carli (PSDB) e seu pai Luiz Fernando Ribas Carli (PP), ex-prefeito de Guarapuava, os vereadores da cidade Maria José Mandu Ribeiro Ribas (PSDB) e Milton de Lacerda Roseira Junior (PSDB) e outras sete pessoas.

Foram expedidos 72 mandados de condução coercitiva (quando as pessoas são levadas a delegacia para prestar esclarecimentos e depois liberadas) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) em Curitiba e Guarapuava. Os envolvidos são investigados por formação de organização criminosa para a prática de crimes eleitorais. De acordo com o Ministério Público (MP), os crimes foram praticados para eleger Bernardo Ribas Carli (PSDB) em 2014.

As investigações apontam que, durante o período eleitoral, houve a distribuição de vários benefícios a cidadãos para conseguir votos para o Bernardo Carli. O grupo teria atuado em Guarapuava e em Entre Rios. No dia das eleições estaduais de 2014, a suspeita é de que os coordenadores dos dois grupos reuniram motoristas e cabos eleitorais para praticar delitos de boca de urna e transporte de eleitores.

Conforme a assessoria do Ministério Público, até o final da tarde desta terça-feira, quase todos os envolvidos tinham sido ouvidos em Curitiba e Guarapuava. Entre eles, além do deputado, do ex-prefeito e dos vereadores, estão cabos eleitorais, motoristas de campanha e eleitores supostamente beneficiados pela fraude.

Outro lado

Durante a sessão desta terça-feira na Assembleia Legislativa, o deputado Bernardo Carli negou as acusações. “Nossas contas eleitorais foram aprovadas. Tudo o que for solicitado será esclarecido no decorrer do processo”, disse. A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com os vereadores citados na reportagem, mas nenhum deles foi localizado.

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