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| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Depois de receber o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira (28) que o provável governo Michel Temer “não pode ter a cara de um único partido”.

“Não será o governo do PSDB. A meu ver não deve ser o governo de nenhum partido. Não pode ter a cara de um único partido”, disse FHC.

De acordo com o ex-presidente, Temer comandará um governo de “emergência nacional. “Quem é que vai se negar a ajudar o Brasil em uma emergência?”, questionou o tucano.

FHC voltou a defender o que disse à Folha de S.Paulo: “O PSDB e seus quadros não devem se negar a participar do governo. Tem que ver para fazer o que”.

FHC disse ainda lamentar que a presidente Dilma Rousseff não tenha “chamado e convocado o país para que unidos sairmos da crise”.

Ao lado do ex-presidente, o senador Aécio Neves disse que o PSDB não colocará como imposição a Michel Temer o fim da reeleição, mas admitiu que o compromisso do peemedebista de que não disputará a eleição para a Presidência em 2018 “estimula que várias outras forças políticas se somem a ele”.

“Ele [Temer] mesmo tem dito que seu governo é de transição e não tem como objetivo um novo mandato”, afirmou Aécio.

O senador mineiro discutiu com FHC a redação final de um conjunto de sugestões “emergenciais” para o país que o PSDB apresentará no próximo dia 3, depois da reunião a Executiva Nacional, em que o partido deve fechar questão sobre a participação no eventual governo Temer.

Embora considerasse que o partido deveria limitar o apoio no Congresso, Aécio passou a admitir o ingresso formal do PSDB na gestão peemedebista, afirmando que não criará dificuldades se o vice buscar quadros tucanos.

“Conosco o vice-presidente não precisa se preocupar em termos de cargos e fique à vontade para buscar os melhores nomes no país. Dentro e fora dos partidos políticos”, disse Aécio.

O senador afirmou ainda que o PSDB não vai “estimular a lógica que não deu certo desse presidencialismo de coalizão que virou de cooptação”.

“O Brasil precisa contar conosco independentemente de cargos”, disse.

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