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Osmar Dias, após reunião com o presidente do PDT, Carlos Lupi (à esquerda):  decisão saiu na noite de ontem, véspera do prazo final para a definição das candidaturas | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Osmar Dias, após reunião com o presidente do PDT, Carlos Lupi (à esquerda): decisão saiu na noite de ontem, véspera do prazo final para a definição das candidaturas| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

O senador Osmar Dias (PDT) finalmente tomou sua decisão, ontem: será candidato ao governo do Paraná coligado com o PT. Isso ocorrerá independentemente do irmão de Osmar, o também senador Alvaro Dias (PSDB), ser confirmado ou não como vice do candidato tucano à Presidência, José Serra. Como Osmar dará palanque à presidenciável pe­­­tista Dilma Rousseff no estado, os dois irmãos poderão estar em lados opostos nas eleições deste ano.

Após anunciar que seria candidato, o pedetista falou rapidamente com a Gazeta do Povo e disse que o povo vai entender sua decisão, que pode le­­­var a uma disputa política em família. Osmar disse ter um projeto para o estado, que já vinha sendo elaborado há muito tempo, bem como Alvaro tem o seu projeto político diferente. E justificou a decisão: "Não posso ficar esperando até depois do dia 30 [hoje, último prazo legal para a definição das candidaturas] para decidir o meu futuro", disse, fazendo referência à indefinição em torno da vaga de vice de José Serra.

A decisão de Osmar foi tomada após um dia de intensas negociações, que culminou com uma reunião à noite, na sede do PDT paranaense, em Curitiba. Dessa reunião, participaram Osmar, o presidente nacional licenciado do PDT, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, outras lideranças pedetistas e de outros partidos.

Nessa reunião ficou acertado que Osmar será candidato ao governo em uma aliança que inclui o PDT, PMDB, PT, PSC e PCdoB.

Há ainda a possibilidade de o PR (Partido da República) ingressar na chapa nesta quarta-feira – último dia determinado pela Lei Eleitoral para a formação das coligações partidárias para as eleições de outubro. O PR realizou sua convenção estadual no último domingo e delegou à cúpula do partido a definição de uma possível coligação com Osmar ou com o candidato do PSDB ao governo, Beto Richa. A tendência, po­­­rém, é que a legenda formalize o apoio ao pedetista, pois as conversas com os tucanos só se iniciaram nesta semana e a primeira opção do PR sempre foi Osmar.

Osmar e Carlos Lupi, após a reunião na sede do PDT, por volta das 22 horas, disseram que iriam à casa do governador Orlando Pessuti (PMDB) para comunicar a decisão. Pessuti havia aceitado abrir mão de sua candidatura ao governo em favor de Osmar, mas cogitava lançar-se à reeleição ao Palácio Iguaçu no caso de o pedetista não sair candidato.

O vice de Osmar será indicado pelo PMDB de Pessuti. Mas o nome não foi definido ontem. Na mesma chapa, os candidatos ao Senado serão o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e a petista Gleisi Hoffmann.

Indefinição inédita

A indecisão de Osmar Dias, que se arrastou há meses, é considerada inédita nas últimas décadas de eleições no estado. O impasse envolveu seis das maiores legendas do país: PT, PMDB, PDT, PSDB, DEM e PPS.

Além de PDT, PT e PMDB – que darão sustentação à candidatura de Osmar – a indefinição também se espalhou na formação das alianças do tucano Beto Richa. O PSDB evitou até o último momento definir o vice de Richa na esperança de que poderia contar com Osmar como candidato em sua chapa ao Senado. Nesse caso, a vaga de vice caberia ao PDT.

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