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Os depoimentos foram dados à Justiça Federal no Paraná. | Antônio More/Gazeta do Povo
Os depoimentos foram dados à Justiça Federal no Paraná.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Inteligente, leal, carismático. Empregados da Odebrecht, funcionários da Petrobras e até empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, aproveitaram a convocação para testemunhar em defesa do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, para elogiá-lo.

Os depoimentos foram dados à Justiça Federal no Paraná. “Ele tem uma maturidade muito grande, é extremamente inteligente, de raciocínio rápido, muito simples, humilde, participativo”, afirmou Antônio Carlos Daiha Blando, gestor da Odebrecht em Angola.

Filiado ao PMDB e candidato ao governo de São Paulo no ano passado, Skaf afirmou que o empresário é “carismático”, “muito simples” e demonstra “muito equilíbrio e inteligência”.

O industrial, que no passado teve uma indústria têxtil, ressaltou que nunca teve relações comerciais com a Odebrecht. Disse ter convivido com Marcelo nas reuniões dos conselhos da Fiesp, do qual ele participava, segundo Skaf, de forma “sempre muito equilibrada, com discussões positivas”. “Acima de tudo, ele é bastante carismático, muito simples, de cumprimentar a todos e tratar a todos com muito respeito”, declarou o peemedebista, cuja campanha recebeu R$ 200 mil de doação da Braskem, integrante do grupo Odebrecht, em 2014.

O empresário foi uma das 34 testemunhas arroladas por Marcelo para deporem à Justiça na ação penal em que é réu, sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O juiz federal Sergio Moro aceitou a oitiva de 25 delas até aqui. Até agentes da Polícia Federal deram testemunhos elogiosos.

Com os depoimentos, a defesa tem procurado explorar temas como a autonomia dos conselhos da Odebrecht para tomada de decisões, a venda de nafta à Petrobras pela subsidiária Braskem, que integra a denúncia, ou a interceptação telefônica de aparelhos BlackBerry, cuja legalidade é contestada pelos advogados.

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