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José Dirceu, ex-ministro, foi preso na segunda (3). | NACHO DOCE/REUTERS
José Dirceu, ex-ministro, foi preso na segunda (3).| Foto: NACHO DOCE/REUTERS

Duas gêmeas ligadas ao PT e aos negócios do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu - preso nesta segunda-feira, 3, na 17ª fase da Operação Lava Jato – são investigadas como elo da propina paga pelo lobista Milton Pascowitch e podem levar as investigações à campanha presidencial de 2010 – quando a presidente Dilma Roussef foi eleita sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva.

Marta Coerin foi um dos alvos da Operação Pixuleco. Ela trabalha atualmente no PT, segundo registro oficial, e foi funcionária da JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro. Policiais federais levaram a investigada coercitivamente, nesta segunda-feira (3) para prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal, em São Paulo. Relatório da PF anexado aos pedidos de prisão de Dirceu e de condução coercitiva de Marta mostram que sua irmã Marcia Coerin, que também teve vínculos empregatícios com o PT e com a JD Assessoria, trabalhou na equipe que cuidava da agenda de campanha de Dilma, em 2010.

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O nome das irmãs foi citado pela primeira vez nos autos da Lava Jato nas delações de Milton Pascowitch. Segundo ele, a empresa Consist Software repassou por seu intermédio “subrepticiamente, valores para o Partido dos Trabalhadores através de João Vaccari Neto”. Foram R$ 15 milhões, por meio de contratos de consultoria simulados entre a Jamp Engenheiros Associados, que pertencia a ele, para pagamentos de propina. “Os repasses, de cerca de R$ 12 milhões, teriam sido feitos em espécie. Parte dos valores teria sido recebida por emissária de nome Marta Coerin”, informa o Ministério Público Federal.

“Marta foi indicada como pessoa emissária de (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras) responsável por recolher dinheiro em espécie com Milton”, informou a PF. “Pesa sobre ela o fato de estar envolvida também com a prática de artifícios para iludir as autoridades públicas em relação a pagamentos de propina.” A PF registra também que “em uma ocasião (Pascowitch) recebeu uma portadora no Rio de Janeiro, enviada por João Vaccari, de nome Marta, que foi até a residência do declarante no Rio de Janeiro e lá recebeu R$ 300 mil. Marta tem como particularidade ser irmã gêmea de uma outra pessoa conhecida do declarante, uma vez que trabalhava na JD Consultoria, empresa de José Dirceu, como auxiliar administrativa.”

Assessora de agenda

Sua irmã gêmea, que atuou na campanha de Dilma em 2010, foi beneficiária de 41 transferências bancárias realizadas pela JD Assessoria, no período de 20 de julho de 2011 a 7 de fevereiro de 2013, totalizando R$ 163.874,11. Ela trabalhou na JD nesse período. Antes disso, entre 19 de julho de 2006 e 30 de junho de 2011 foi funcionária do PT.

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