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Gleisi Hoffmann (PT-PR) é ré na Operação Lava Jato. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gleisi Hoffmann (PT-PR) é ré na Operação Lava Jato.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) confirmou que solicitou à Polícia do Senado para que fizesse uma varredura eletrônica nas residências dela, inclusive em Curitiba, para verificar a existência de algum grampo telefônico.

“Fiz o pedido formalmente. Tem processo no Senado com autorização formal para isso”, informou a senadora em nota.

Na Operação Métis, deflagrada nesta sexta-feira (21), quatro policiais legislativos foram presos. A denúncia partiu de um colega da corporação, que assinou um acordo de delação premiada. A ação dos policiais da Casa teria o objetivo de atrapalhar as investigações da força-tarefa da Lava Jato.

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Segundo Gleisi, todo esse processo está dentro das normas do Senado e que não há nenhuma irregularidade. “Esse serviço da Polícia Legislativa existe regularmente há muito tempo. Temos todo processo de pedido formalizado. Tudo dentro das normas do Senado. Fazer isso não configura obstrução alguma. Apenas queria ter informação de segurança sobre minha residência”, continuou a nota.

A Polícia Legislativa, segundo a senadora, não encontrou nada no local. Além disso, ela afirmou que o pedido para a varredura em Curitiba foi feita após operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, e fez busca e apreensão nos imóveis dela.

O Ministério Público Federal (MPF) comunicou que a realização de varreduras não é crime. No entanto, duas situações tornam a prática ilegal: endereços que passaram pela vistoria estarem vinculados a pessoas investigadas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (pela prerrogativa de foro) e a utilização de recursos públicos na empreitada. Gleisi é investigada pelo STF no âmbito da Lava Jato.

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“A deliberada utilização de um equipamento sofisticado, de propriedade do Senado Federal, utilizando recursos públicos, passagens aéreas custeadas pelo Erário e servidores concursados, em escritórios ou residências particulares, não possui outro objetivo senão o de embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa”, detalhou o MPF em nota à imprensa sobre a operação

Entre as atribuições da Polícia Legislativa está a de executar Contramedidas de Vigilância Técnica (CMVT). “A norma deixa claro, no entanto, que este trabalho deve ser restrito às dependências da Casa Legislativa. Não foi o que mostraram as investigações preliminares, segundo as quais houve varreduras em seis endereços diferentes do parlamento. Além disso, o delator e outras testemunhas ouvidas pela PF afirmaram que, nesses casos — ao contrário do que ocorre em vistorias regulares — as ordens para a execução dos serviços não foram registradas”, completou o MPF.

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