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Governador do MS, Azambuja não participará do encontro com a presidente Dilma Rousseff. | Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados
Governador do MS, Azambuja não participará do encontro com a presidente Dilma Rousseff.| Foto: Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados

Pelo menos um dos seis governadores tucanos não aparecerá na fotografia da reunião com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta-feira (30). O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, mandou em seu lugar a vice-governadora Rose Modesto. Pela manhã Azambuja se reuniu em Campo Grande com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, em um evento da pasta. A tarde, quando os governadores estiverem reunidos com Dilma, o tucano estará participando dos eventos de abertura do 16.º Festival de Inverno de Bonito.

Na quarta-feira (29), o governador Beto Richa (PR) teve uma reunião prévia com Geraldo Alckmin (SP ) para definir uma posição conjunta durante a reunião com Dilma, que quer mostrar o apoio dos 27 governadores contra votações que colocam o governo em situação de risco e comprometem o ajuste fiscal. Os governadores tucanos não aceitarão, por exemplo, qualquer menção a apoio ou pacto contra impeachment ou votação das contas da presidente Dilma pela pedaladas fiscais, por exemplo.

Sobre a participação dos governadores tucanos no encontro com Dilma, o presidente nacional do PSDB criticou, no início da semana, sua tentativa de que os 27 chefes estaduais “lhe joguem uma boia salva-vidas”. Também disse que os governadores estariam sofrendo constrangimentos e ameaças veladas em relação a aprovação de matérias que teriam consequências nas administrações estaduais.

O mote da reunião marcada por Dilma, é discutir o projeto de unificação do ICMS, com alíquota única de 4%, e aprovação de projetos como a repatriação de dinheiro não declarado no exterior, para compor um fundo de compensação para os estados que tiverem perdas. Mas ela quer o apoio dos governadores também contra a derrubada de vetos importantes, como o do aumento do Judiciário e fator previdenciário.

Antes da reunião, marcada para às 16h no Palácio do Planalto, os governadores participam de um almoço em um hotel da cidade, para montar uma pauta conjunta para o encontro.

Antes de Dilma, conversa com Levy sobre perdas na arrecadação

O fundo de compensação para a reforma do ICMS foi o principal tema da reunião entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na manhã desta quinta-feira (30 ). Pezão disse que os governadores estão preocupados se não terão perdas. Ele afirmou ainda que durante o almoço agendado para hoje os governadores de vários estados do país estarão reunidos para buscar uma pauta comum.

“O ICMS é o que merece mais discussão, porque exige a unificação das alíquotas todas. Têm alguns estados que estão temerosos com os fundos que serão constituídos para repor estas perdas. Têm estados que até hoje perdem muito com a lei Kandir”, disse. E completou: A gente quer ter muita certeza que este fundo de repatriação vai ter estes recursos, quando vai entrar, se realmente eles cobrem as perdas que os estados vão ter no primeiro momento”.

O governador do Rio afirmou ainda que a repatriação de recursos também tem boa aceitação dos governadores: “Tudo que entrar de recurso para constituir o fundo agrada totalmente. Todos os 27 estados passam por momentos difíceis na sua economia, como o governo federal também está passando”.

Durante o almoço com diversos governadores será preparada a pauta para a reunião da tarde desta quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff. Segundo Pezão, primeiro será preciso ter um consenso, para depois procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a base de deputados.

“Vamos chegar primeiro num consenso entre os governadores, é a primeira reunião que a gente faz. Depois de elaborar esta pauta é que a gente vai ver o que faz. Sem pressão, a gente quer muito é conversar”, disse.

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