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Nos últimos dez anos, o combate aos jogos de azar no Paraná teve ingredientes típicos de filmes policiais. Da prisão de um desembargador suspeito de vender sentenças para o funcionamento de bingos até um comandante da Polícia Militar (PM) que confessou ter mantido relações com operadores do jogo do bicho. “Os jogos de azar se constituem em um atividade perniciosa, já que trazem sempre outras atividades ilícitas. Como à época [a operação de jogos] era ilegal, o que fizemos foi cumprir a lei”, diz o ex-secretário de Segurança Luiz Fernando Delazari.

Entre 2004 e 2006, mais de 20 bingos foram fechados em Curitiba. Na ocasião, a Polícia Federal (PF) prendeu 25 pessoas na Operação Furacão. Entre os presos, estava o desembargador Ricardo Regueira, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, acusado de vender decisões que permitiam o funcionamento de dois bingos de Curitiba.

Em 2012, policiais civis estouraram a chamada “mansão-cassino”, um casarão onde havia exploração de jogos de azar. Havia denúncias de que a casa era frequentada por políticos e empresários influentes, além de ser controlada por policiais.

O jogo do bicho também esteve em plena operação no Paraná. Em 2011, a PF invadiu um galpão considerado “a fortaleza do jogo do bicho” em Curitiba. Cerca de 100 pessoas trabalhavam no local. Também em 2011, o coronel Marcos Theodoro Scheremeta, após ser exonerado do comando da PM, admitiu manter relações com gerentes do jogo do bicho em Curitiba e com pessoas ligadas a caça-níqueis. Apesar disso, ele disse que nunca deixou de combater a contravenção.

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