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Fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira  foi inaugurada em junho de 2016. | Isac Nóbrega/PR
Fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira foi inaugurada em junho de 2016.| Foto: Isac Nóbrega/PR

A inauguração da fábrica da Klabin ajudou Ortigueira, nos Campos Gerais, a conquistar o título de município com a melhor situação fiscal de todo o país, segundo revela o Índice Firjan de Gestão Fiscal de 2015 divulgado nesta quinta-feira (28).

O ranking avalia cinco indicadores, cujas avaliações variam de A a D: receita própria (capacidade de arrecadação), gastos com pessoal, investimentos, liquidez (comprometimento do orçamento com dívidas acumuladas no ano anterior, os chamados restos a pagar) e custo da dívida. Em todos eles, Ortigueira atingiu conceito A, com destaque para investimentos e liquidez, em que as notas alcançadas foram as máximas (de 0 a 1).

Com uma população estimada em pouco mais de 23 mil habitantes e uma taxa de pobreza que gira em torno de 40,34%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ortigueira passa agora a ser reconhecida como uma das 23 cidades do país cuja gestão fiscal foi considerada excelente.

O município saltou da 230ª posição no ranking de 2014 para a 1ª em 2015, com nota 0,9570, e bateu municípios historicamente fortes neste índice, como Maringá, na região Norte do estado, e Curitiba. “[O dinheiro que vem da Klabin] ajudou bastante, é claro. É com ele que a gente está conseguindo investir em todos esses programas que trazem retorno para o município”, avalia a prefeita de Ortigueira, Lourdes Banach (PPS).

Segundo ela, o Imposto sobre Serviços (ISS) gerado pela operação da empresa na cidade chega a aproximadamente R$ 1,5 milhão por mês, valor que dá um fôlego nas contas públicas. “O dinheiro ajuda, mas a gestão da verba é nossa. A gente que decide como investir e, desde o começo, nossa prioridade foi infraestrutura”, ressalta.

Paraná

No Paraná, na comparação com 2014, o número de prefeituras em situação fiscal difícil ou crítica (conceitos C e D) aumentou e atingiu 79,2% do total do estado – são 270 prefeituras com conceito C e 23 com conceito D.

Apenas três cidades apresentaram gestão de excelência – Ortigueira, Matinhos e Maringá – e 74 prefeituras foram avaliadas com conceito B, indicativo de boa situação fiscal. Além disso, entre os 500 maiores IFGFs do país, 69 são do Paraná – segunda maior quantidade entre as unidades de federação, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Entre os dez melhores do ranking paranaense do IFGF, sete figuraram entre os 100 maiores resultados do país.

Curitiba mantém gestão crítica

De 24.º lugar no ranking paranaense da gestão fiscal em 2014, Curitiba caiu para 95º em 2015, aponta a Firjan. Nacionalmente, o número excluiu a capital, inclusive, dos 500 maiores índices do país: ela ocupa a 684º posição, com um índice total de 0,5903.

Apesar de manter a receita própria em conceito de avaliação máxima, Curitiba piorou o IFGF Gastos com Pessoal, Investimentos e Custo da Dívida, recebendo o conceito geral C. Entre as capitais, ficou em 15° lugar (no ano passado, havia conquistado o 23°).

Top 10 - Brasil

Município Índice
Ortigueira (PR) 0,957
São Gonçalo do Amarante (CE) 0,906
São Pedro (SP) 0,8826
Paranaíta (MT) 0,869
Bombinhas (SC) 0,8676
Gramado (RS) 0,8659
Louveira (SP) 0,8539
Indaiatuba (SP) 0,8516
Cláudia (MT) 0,8509
10º Matinhos (PR) 0,8505
Fonte: Firjan

Top 10 - Paraná

Paraná Brasil Município Índice
Ortigueira 0,957
10º Matinhos 0,8505
19º Maringá 0,819
42º Umuarama 0,7692
51º Ibiporã 0,7581
64º Pato Bragado 0,7447
77º Ivaiporã 0,7305
114º Toledo 0,7126
116º Balsa Nova 0,7113
10º 125º Japurá 0,7044
Fonte: Firjan
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