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Eduardo Campos morreu durante a campanha para a eleição presidencial no ano passado. | Mauro Filho/Frame
Eduardo Campos morreu durante a campanha para a eleição presidencial no ano passado.| Foto: Mauro Filho/Frame

O advogado e escritor Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (1965-2014), disse estar convencido de que a causa do acidente aéreo que provocou a morte do pessebista foi um erro de projeto do avião Cessna.

Além de Campos, que disputava a Presidência da República, morreram no acidente há quase um ano outras seis pessoas. O inquérito policial sobre o caso ainda não foi concluído.

A afirmação foi feita em um texto em formato de entrevista publicado nesta segunda-feira (3) no blog do escritor. Segundo a assessoria de Campos, ele decidiu publicar o material em vez de conceder entrevistas individuais à imprensa por ocasião da data que marcará um ano desde o acidente ocorrido em Santos, em 13 de agosto.

“Ao chegar a um ano de investigações, pelo que acompanhei, li e segundo abalizadas opiniões técnicas, eu estou convencido que a causa determinante do acidente de Eduardo foi um erro de projeto do avião Cessna”, afirma Antônio Campos.

Ele diz que as famílias do piloto e do copiloto, que também morreram no acidente, iniciaram um primeiro procedimento contra a Cessna nos Estados Unidos, por meio de um escritório norte-americano especializado em acidentes aéreos, o PodHurst.

Estabilizador

De acordo com o irmão do ex-governador, há um parecer técnico que indica que houve erro de projeto do estabilizador horizontal do avião, o que também teria ocorrido em ao menos dois acidentes semelhantes.

“O automatismo projetado para o estabilizador horizontal falhou, colocando o avião para a posição de nose down [nariz para baixo], passando o avião a se comandar e levando-o a um mergulho fatal e incontrolável”, diz Antônio Campos em seu blog.

Os casos semelhantes, segundo o escritor, ocorreram em 2 de dezembro de 2012, na Suíça, com o avião HB-VAA, e em 2 de junho deste ano, em um voo cruzeiro de Manaus com destino a Orlando, em uma aeronave PP-MDP.

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Ainda de acordo com o escritor, se a ação das famílias dos pilotos for admitida nos Estados Unidos, os moradores de Santos que tiveram imóveis danificados pela queda do jatinho de Eduardo Campos também poderão ser acolhidas naquele país.

Ele afirma, contudo, que ele e a família aguardam as conclusões dos inquéritos civil e penal que investigam as causas dos acidentes, e acrescenta que acompanhar se haverá admissibilidade da ação nos Estados Unidos.

No texto, Antônio Campos também falou sobre a falta de seu irmão para a família e para a política no país. Segundo ele, Eduardo “anteviu a crise que enfrentamos no momento e queria ser a alternativa que unisse o Brasil para um novo projeto, para vencer essa crise anunciada”.

O escritor também admitiu que pretende concorrer à Prefeitura de Olinda nas eleições de 2016 – será a primeira vez que ele disputará um cargo político. “Minha formação política se deu vivenciando e participando deste ambiente de luta política. A disputa eleitoral faz parte da minha história de vida”, afirmou.

Homenagens

Uma homenagem a Eduardo Campos será realizada no Recife no dia 10 de agosto, quando o ex-governador completaria 50 anos se estivesse vivo. O PSB convocou para a data uma reunião extraordinária da Executiva, que terá participação de amigos, políticos e familiares.

No dia 13, data do acidente que causou sua morte, serão celebradas missas em homenagem a ele no Recife e em Brasília. A Câmara dos Deputados também fará uma sessão solene para o político, no próximo dia 12.

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