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Fernando Soares está preso atualmente no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Fernando Soares está preso atualmente no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira (29) nova prisão preventiva do operador Fernando Soares, conhecido como Baiano. O pedido da nova prisão foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) ao apresentar a denúncia contra executivos da Andrade Gutierrez na última sexta-feira (24). Ao aceitar a denúncia, o juiz determinou novo mandado de prisão contra Soares.

De acordo com Moro, cooperação internacional com a Suíça revelou que Soares é o titular da conta da offshore Three Lions Energy, mantida em Genebra. Os extratos da conta mostram o recebimento de pelo menos US$ 800 mil da Piemonte, empresa de fachada utilizada pelo operador Julio Camargo. Parte dos valores recebidos foram repassados a conta da offshore Russel Advisior, que tem como beneficiário final o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Segundo o despacho de Moro, “do exame dos extratos da conta ainda é possível identificar outras prováveis contas secretas ainda mantidas no exterior por Fernando Falcão Soares”. Uma das contas seria a Falcon Equity Limited, que teria recebido US$ 600 mil da Three Lions Energy. A outra conta, em nome da 3 Lions Heavy Industries, teria recebido US$ 300 mil da Three Lions Energy. “Mantendo ainda o acusado contas secretas no exterior, sobre as quais ainda não há qualquer explicação da parte dele, há igualmente um risco real à aplicação da lei penal, não só pela frustração do sequestro e do confisco judicial, mas igualmente pela fuga”, avaliou Moro ao decretar nova prisão.

Fernando Soares está preso atualmente no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais. Ele foi detido em novembro do ano passado. Ele é apontado como operador do PMDB no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

Outro lado

O advogado de Soares, Nélio Machado, disse que vai tomar as providências necessárias para recorrer da nova decisão. “Eu considero isso uma forma de não dar eficácia alguma às decisões de outras instâncias, porque se eu ganhar [habeas corups] em outro tribunal, ele [Sérgio Moro] me obriga a percorrer um novo caminho”, afirmou o advogado.

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