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Polícia Federal na casa de Vargas, em Londrina, no dia da prisão do ex-deputado | PF/Divulgação
Polícia Federal na casa de Vargas, em Londrina, no dia da prisão do ex-deputado| Foto: PF/Divulgação

A Justiça Federal do Paraná avaliou a casa do ex-deputado André Vargas, onde ele mora, em Londrina, por R$ 2 milhões. Ele foi preso nessa casa, no condomínio fechado Alphaville Londrina, no último dia 10, na 11ª fase da Operação Lava Jato, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-vice-presidente da Câmara declarou à Receita Federal que pagou, em 2011, apenas R$ 500 mil pelo imóvel. Isso significa que a casa se valorizou em 300%.

A avaliação judicial foi feita na semana passada por oficiais de justiça, que fizeram pesquisas no mercado imobiliário e anúncios classificados, com o objetivo de sustentar o processo de confisco da casa, determinado pelo juiz Sérgio Moro. Para chegar ao valor de R$ 2 milhões, os oficiais concluíram que somente o terreno do imóvel, de 601 m², vale R$ 600 mil. A casa tem dois pavimentos de 282 m² cada e inclusive ampla piscina.

As irregularidades na compra dessa casa foram um dos motivos que levaram Vargas à prisão (ele está preso preventivamente na Carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde o último dia 10). O ex-deputado petista declarou ao Fisco ter pago R$ 500 mil pela casa, mas o vendedor declarou em seu Imposto de Renda que recebeu R$ 980 mil. Parte do valor foi depositado em dinheiro vivo na conta do vendedor: R$ 225 mil em 13 de maio de 2011, R$ 43,2 mil em 17 de maio de 2011, e R$ 95 mil em 25 de novembro de 2011.

Na decisão que determinou a prisão de Vargas, o juiz suspeitou do negócio, dizendo que “a realização de transações vultosas em espécie não é ilícita, mas trata-se de expediente usualmente utilizado para evitar rastreamento de dinheiro sem origem licita”.

Nesta segunda-feira, os oficiais de Justiça foram até a casa e comunicaram a mulher de Vargas, Eidilaria Soares Gomes, de que o imóvel havia sido sequestrado judicialmente, mas que ela poderia continuar morando no local, enquanto a casa não for a leilão.

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