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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Procuradores da força-tarefa Lava Jato anunciam nesta sexta-feira (6) à tarde, a partir das 14h, nova denúncia referente à operação. Foram denunciados à Justiça o ex-senador Gim Argello e o empresário Ronan Maria Pinto, dono de empresas de ônibus no ABC paulista, e mais 18 pessoas, entre elas os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e o publicitário Marcos Valério, já condenado no mensalão. Argello e Ronan, que estão presos no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, haviam sido indiciados pela Polícia Federal na última terça-feira .

Havia a expectativa de que o Ministério Público Federal (MPF) também denunciasse à Justiça Claudia Cruz e Danielle Dytz, respectivamente esposa e filha do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Durante as investigações, Claudia e Danielle foram acusadas terem usado dinheiro de propina da Petrobras para sustentar compras de luxo. Apesar disso, as duas acabaram não sendo denunciadas.

Encerramento

Com essas considerações finais, Deltan encerra a coletiva. Leia mais sobre as denuncias apresentadas hoje no site e no jornal Gazeta do Povo. Boa tarde.

Doações eleitorais

"Quanto as doações eleitorais, se elas vêm de empreiteiras, gera um questionamento moral, já que a doação se reverte em obras publicas", diz o procurador. Para ele, além de serem imorais, por vezes, essas doações são ilegais, ou seja, servem para ocultar dinheiro ilícito. Ele aponta que, mesmo com a Lava Jato, não há lideres políticos que levantem a bandeira da reforma política. "Assim, vamos continuar enxugando gelo, porque o insucesso é o nosso destino", finaliza.

Proteção da corrupção

Conforme o procurador, o momento atual e de preocupação maior, já que, diferentemente dos empresários, os políticos tem poder de barrar ações da Lava Jato por meio de projetos para proteger a corrupção, por exemplo.

Momentos diferentes

"Houve um momento de reação articulada, principalmente quando foram presos os grande empreiteiros, mas hoje a maior parte dos empresários já reconheceu os crimes visto a quantidade de provas substanciais. Agora, essa e a estratégia usada pelos políticos", diz Deltan.

Pedido de afastamento

"Pedido de afastamento do procurador Carlos Fernando Lima das investigações da Lava Jato são totalmente infundadas", declara Deltan sobre o pedido feito pela defesa do ex-presidente Lula.

Escudo

"Se houve envolvimento de outro parlamentar no recebimento de propina da CPI, mão está na investigação de Curitiba, mas do STF", explica Athayde. Deltan também trata das tentativas de enfraquecimento sobre a Lava Jato. "Nosso escudo é a sociedade", diz.

Outra parte do dinheiro

Conforme Diogo, parte dos outros R$ 6 milhões que sobraram do empréstimo de Bumlai foram destinados a pagar despesas de campanha em Campinas. Ele não explicou, porém, em que pé estão as investigações nesse sentido.

Júlio Camargo

Júlio Camargo não foi denunciado desta vez, já que ele firmou acordo de delacao premiada, e suas denuncias já somavam 10 anos de condenação - máximo acordado na colaboração.

Igreja

O Padre Moacir, da paroquia São Pedro, que recebeu parte do dinheiro de propina de Argello, foi ouvido pela PF. Segundo Athayde, há poucas Informações ainda sobre esse dinheiro, mas foi comprovado que parte da verba foi para a igreja.

Participação ex-senador

Conforme Athayde, ao menos três delatores da Lava Jato ajudaram a detalhar os crimes cometidos por Gim Argello. "Além disso, houve farta prova documental e depoimentos de pessoas que não são colaboradores", diz o procurador.

Motivo

Membros das instituições abrem a coletiva para perguntas. Primeira pergunta: motivo pelo qual Ronan Maria Pinto recebeu o dinheiro? "Ainda pende a certeza da razão do pagamento. Ronan nega envolvimento na morte de Celso Daniel", diz o procurador Diogo. Segundo o representante do MPF, existem dois depoimentos que tratam de extorsão de Ronan contra o PT, mas ainda não há certeza sobre o motivo da destinação do dinheiro.

Receita Federal

"Esse trabalho de investigação vai resultar em uma grande enciclopédia de modos de lavagem de dinheiro", diz o representante da Receita Federal.

PF

Delegado da PF Ivan Ziolkowski começa a falar e trata da colaboração das instituições de investigação de São Paulo para oferecimento das denuncias de hoje.

Inundação de corrupção

"Vivemos uma inundação de corrupção e temos a impressão que estamos tirando a água com balde, é preciso uma barragem para acabar com isso, com reforma política e institucional", diz Deltan.

Mensagens

Como provas de envolvimento, o procurador mostra mensagens de celular. "Podemos falar com o alcoólico na quinta-feira também?", diz uma das mensagens. Alcoólico era o apelido de Gim Argello.

Auxiliar

Léo Pinheiro, segundo a denuncia, auxiliava Argello no pedido de propina para outras empresas.

Intermediadores

Paulo Roxo, outro dos denunciados, era o intermediário da propina de Argello. O ex-senador também usou a Paroquia São Pedro para esconder o dinheiro.

Jantares

Conforme Athayde, as tratarias avançaram em jantares "regados a vinho" em que participaram também o filho de Gim Argello e outros empresários, como Júlio Camargo.

Tratativas

"Com os empreiteiros preocupados com as investigações, Léo Pinheiro foi atrás de Gim Argello e ofereceu dinheiro e proteção para o senador", conta o procurador.

CPI

Procurador Athayde Ribeiro Costa apresenta detalhes da denuncia: "Foram apresentados requerimentos de convocação de empreiteiros na CPI, mas Gim Argello usou a CPI como balcão de negócios para fins escusos", diz.

Questinamento

"É um caso de corrupção da corrupção, corrupção para acobertar corrupção", diz Deltan. "Quantas outras vezes isso acontece e não descobrimos?", questiona Deltan.

Propina

A segunda denuncia trata de crimes praticados em 2014, quando houve interferências na CPI do Congresso para investigação de corrupção na Petrobras. Conforme Deltan, o político pediu propina para sete empresas, somando R$ 7,7 milhões.

Segunda denuncia

Diogo retorna a palavra para Deltan Dallagnol, que vai tratar da segunda denuncia, que envolve o ex-senador Gim Argello.

Jornal

Segundo o procurador, Marcos Valério disse aos investigadores que Ronan Maria Pinto comprou o Diario do Grande ABC para acobertar notícias que ligavam o empresário a morte do então prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Intermediário

Assim como no mensalão, Marcos Valério foi o intermediário das negociações para que o dinheiro do PT chegasse a Ronan Maria Pinto.

Participação

Para lavar o dinheiro, o publicitário Marcos Valerio teria feito um contrato fictício, com auxilio de Enivaldo Quadrado.

Caminho do dinheiro

A partir das investigações sobre Bumlai, a PF e o MPF conseguiram chegar ao caminho traçado pelo dinheiro. Metade dele, ou seja, R$ 6 milhões, foi destinado ao empresário Ronan Maria Pinto.

Dinheiro

Diogo explica que o empréstimo captado por Bumlai no Banco Schahin foi quitado por meio de contratos com a Petrobras e tinha como destino final do PT. O valor total do empréstimo foi de R$12 milhões.

Desdobramentos

Deltan passa a palavra para GO procurador Diogo Castor de Mattos, que explicará a denuncia com maiores detalhes.

Empréstimo

Deltan explica que a denuncia contra Ronan Maria Pinto advém de outra denuncia: a que se refere ao empréstimo adquirido por José Carlos Bumlai no Banco Schahin.

Ressarcimento

Ressarcimento buscado pelo MPF : R$ 76 milhões.

Denuncias de hoje

Acusações oferecidas hoje: contra 20 pessoas, com valor envolvido total de R$ 30 milhões.

Abusos

"Não há abusos nem irregularidades no curso da Operação Lava Jato", diz Deltan.

Numeros de delação

Delação premiada: 57 colaboradores, sete deles são pessoas jurídicas.

Sentenciados

Mais números: 111 sentenciados, dos quais quase 84% foram condenados.

Balanço

Deltan aponta que o maior número de denunciados são da área empresarial. Em segundo lugar, estão os operadores de dinheiro.

Números

Números da Lava Jato: 207 pessoas acusada criminalmente 42 denuncias

Critica

O procurador critica fortemente um parecer feito sobre uma medida provisória que trata de acordos de leniencia.

Começa a coletiva

Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no MPF-PR, inicia a coletiva. "Vamos continuar resistindo contra todas as forças", inicia.

Destino do dinheiro

Conforme a denuncia contra Ronan, ele obteve os R$ 6 milhões por meio de extorsão a representantes do PT. Com o dinheiro, Ronan investiu em sua empresa de transportes em Santo André e na compra do Diario do Grande ABC.

Expectativa

Há uma expectativa na coletiva para a chegada dos procuradores do MPF. A coletiva ocorre no salão de um hotel no centro de Curitiba.

Figuras carimbadas

Ao menos três dos nomes citados nessa denuncia já estavam envolvidos no caso mensalão: o publicitário Marcos Valério, o ex-dirigente do PT Delubio Soares, e Enivaldo Quadrado.

Citados

Estão na lista desta denuncia de lavagem de dinheiro: Ronan Maria Pinto; Sandro Tordin; Marcos Valério; Enivaldo Quadrado; Luiz Carls Casante; Breno Altman; Natalino Bertin; Oswaldo Rodrigues Vieira Filho; Delubio Soares.

Teor

A outra denuncia se refere a lavagem de R$ 6 milhões provenientes de um empréstimo fraudulento do Banco Schahin. O empréstimo, que somava R$ 12 milhões, e foi captado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula.

Lista de denunciados

Confira o nome de todos os citados na denuncia sobre a CPI: Jorge Afonso Argello; Jorge Afonso Argello Júnior; Paulo César Roxo Ramos; Valério Neves Campos; José Aldemario Pinheiro Filho; Roberto Zardi Ferreira; Dilson de Cerqueira Paiva Filho; Ricardo Ribeiro Pessoa; Walmir Pinheiro Santana; Marcelo Bahia Odebrecht; e Cláudio Melo Filho.

Expectativa frustrada

Havia expectativa sobre denuncias contra a mulher e filha do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que não se concretizou.

Segunda acusação

A outra denuncia e contra o ex-senador Gim Argello e mais dez pessoas por interferência nos trabalhos da CPI da Petrobras no Congresso.

Denuncias

Conforme documentos entregues, hoje serão apresentadas duas denuncias. Uma contra o empresário Ronan Maria Pinto e outras oito pessoas por lavagem de dinheiro.

Inicio

Boa tarde. A imprensa já esta posicionada para o inicio da coletiva, mas os representantes do MPF ainda não chegaram.
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