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João Santana entre Dilma e Lula na campanha à presidência de 2010. | Roberto Stuckert/Divulgação
João Santana entre Dilma e Lula na campanha à presidência de 2010.| Foto: Roberto Stuckert/Divulgação

A decretação da prisão do publicitário João Santana na 23ª fase da Operação Lava Jato coloca a alta cúpula petista cada vez mais próxima da linha de fogo da Justiça.

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Além de ter sido o “cérebro” das campanhas presidenciais do partido desde 2006, Santana é um dos conselheiros da presidente Dilma Rousseff (PT) em situações de crise. As investigações da Lava Jato decorrentes dessa fase levantam ainda mais suspeitas do envolvimento do ex-presidente Lula no esquema; e agora ele será oficialmente investigado.

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Segundo a Polícia Federal (PF), há indícios de que o publicitário recebia propina oriunda da Petrobras paga ao PT. Para isso, ele usaria uma conta secreta no exterior. De acordo com as investigações, offshores ligadas à empreiteira Odebrecht fizeram transferências de US$ 3 milhões para Santana entre 2012 e 2013.

Ele também teria recebido US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, entre 2013 e 2014. Skornicki é considerado pela PF um dos operados do esquema.

Como Santana foi marqueteiro das campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2010 e 2014, as investigações podem colocar ainda mais elementos na ação conduzida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a campanha de reeleição da presidente em 2014. Embora a Lava Jato não esteja investigando as campanhas petistas, a nova fase da Lava Jato levanta a suspeita é que a chapa de Dilma tenha recebido recursos ilegais (veja mais ao lado).

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Um relatório da PF aponta ainda para um “possível envolvimento” de Lula em “práticas criminosas”. Há suspeitas de que a Odebrecht, um dos alvos da 23.ª fase da Lava Jato, arcou com os custos da construção do Instituto Lula e de obras em outras propriedades do ex-presidente.

No relatório, a PF afirma ainda que há uma anotação no celular do executivo Marcelo Odebrecht com a menção às palavras “prédio” e “Vaca”, o que indicaria recurso destinado ao então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O valor gasto teria sido de R$ 12,4 milhões. Conforme o relatório, as anotações revelam “o controle que o dirigente máximo do grupo Odebrecht tinha sobre a destinação de recursos, à margem da lei, ao Partido dos Trabalhadores”.

Depois da deflagração da nova fase da Lava Jato, o presidente do PT Rui Falcão tentou desvencilhar a imagem de Santana da do partido. “O PT não tem marqueteiro. Contrata as pessoas para fazerem programas. Isso não diz nada com relação ao PT”, afirmou. Apesar disso, além de responsável pela “embalagem” de programas como o Minha Casa Minha Vida e por slogans da gestão Dilma, o publicitário é conhecido como conselheiro político da petista .

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