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Protesto em Curitiba tomou a rua XV de Novembro, “casa” do tradicional Bondinho | Albari Rosa/Gazeta do Povo/
Protesto em Curitiba tomou a rua XV de Novembro, “casa” do tradicional Bondinho| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/

Milhares de manifestantes tomaram as ruas do Centro de Curitiba, na tarde deste domingo (13), em mais um ato contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Nos discursos, predominavam gritos de “Fora PT”, pedidos de impeachment, manifestações contra a corrupção e em apoio à Operação Lava Jato. Não faltaram bandeiras do Brasil, camisas verdes e amarelas e máscaras com a foto do juiz Sérgio Moro. A Polícia Militar (PM) estimou um fluxo de 200 mil pessoas ao longo do ato. Segundo o movimento Vem Pra Rua, 300 mil pessoas participaram do protesto.

Veja fotos da manifestação em Curitiba

Drone mostra, do alto, como foi a manifestação na capital

A manifestação começou pouco depois das 14 horas, na Praça Santos Andrade, onde cinco caminhões de som de movimentos distintos se concentravam. Sem que a garoa prevista caísse, a multidão seguiu pela Avenida Marechal Deodoro e pela Rua XV de Novembro. Apesar de os organizadores terem declarado que o movimento seria apartidário, os principais alvos foram o PT, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A todo instante eclodiam brados como “1, 2, 3, Lula no Xadrez”.

“O Brasil inteiro está sofrendo muito com tudo que está acontecendo”, disse a estudante Nathalia Langer, que usava uma máscara de Moro.

Nenhum político tomou a palavra ou subiu aos carros de som. O único visto ao longo do trajeto foi o deputado Ney Leprevost (PSD), que estava com a família em um café da Rua XV. Outros grupos, no entanto, surgiram no ato, como o Movimento dos Maçons Paranaenses e grupos que defendiam a intervenção militar. Um dos manifestantes anunciou, no caminhão de som, que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também apoiava o ato.

Entre os manifestantes “comuns”, muitas famílias inteiras. Em rápidas conversas com os participantes, a Gazeta do Povo estimou que o ato foi maciçamente integrado pela classe média – havia muitos empresários ou empregados do setor privado. A faixa etária de quem protestou era diversa. Havia desde crianças até idosos.

“Nós manifestamos contra a corrupção, independentemente do partido político. O Brasil tem que varrer a sujeira e fazer logo a reforma política e tributária”, disse o empresário Luciano Sottomaior, que levou a família ao ato.

Apenas uma detenção

A PM informa que apenas uma ocorrência foi registrada durante a manifestação. Um homem de 27 anos foi detido durante as manifestações por portar diversos fogos de artifício debaixo de sua blusa. A corporação informa que havia a chance de ele provocar algum transtorno ou até ferir alguém. Ele foi encaminhado ao 1.º Distrito Policial.

Cerca de 50 pessoas não quiseram integrar a passeata e pagaram para se manifestar de camarote. Eles ficaram em um terraço do hotel Slaviero Slim, na Boca Maldita, onde funciona um restaurante. Enquanto bradavam palavras de ordem, consumiam vinho, cerveja ou água mineral. Segundo um funcionário, cada um pagou R$ 20 para assistir o ato do estabelecimento.

Em alguns momentos, os discursos se tornavam confusos. Um dos oradores afirmou que o PT queria dividir o país entre negros e brancos; outro criticou os sindicatos, culpando-os pelas leis trabalhistas que pesam sobre o empresariado; outro manifestante denunciou vínculos entre Lula e o ex-líder cubano, Fidel Castro. O caminhão de som que clamava pela intervenção militar afirmava que, em caso de impeachment, quem assumiria seria o deputado federal Tiririca (PR).

O líder do movimento Curitiba Contra a Corrupção, Cristiano Pereira, culpou o governo do PT pelas crises política, econômica e social e avaliou que Lula deve ser preso. “O Lula quer se achar acima da lei, mas ele é um cidadão comum”, disse. Os únicos políticos paranaenses mencionados pelos manifestantes foram o senador Roberto Requião (PMDB) – acusado de “bolivarianista” – e a senadora Gleisi Hoffmann (PT). O ato terminou por volta das 17h30.

  • Curitiba: ambulantes se preparam para zerar o estoque da Copa durante a manifestação deste domingo
  • Protesto em Curitiba está marcado para o início da tarde, já havia policiais e ambulantes prontos para o ato na manhã deste domingo
  • Organizadores do protesto em Curitiba faziam os últimos preparativos na manhã deste domingo
  • Na Praça Santos Andrade, no fim da manhã deste domingo já havia manifestantes no ponto de partida do ato em Curitiba
  • Moradores da região da Praça Santos Andrade, em Curitiba, demonstram apoio ao ato contra corrupção
  • Na Praça Santos Andrade, no fim da manhã deste domingo já havia manifestantes no ponto de partida do ato em Curitiba
  • Por volta do meio-dia, já havia grande movimentação policial na Praça Santos Andrade
  • No Largo da Ordem, na capital paranaense, manifestantes distribuem adesivos de apoio à Operação Lava Jato
  • Manifestante aguarda início do protesto na Praça Santos Andrade
  • Policiais se preparam para fazer o esquema de segurança do ato
  • Motociclistas fizeram um breve ato em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba. Manhã foi tranquila no local que é palco principal da Lava Jato.
  • Manifestantes usam máscaras do juiz federal Sérgio Moro, na região central de Curitiba
  • Movimentação na Santos Andrade
  • Com camisetas e máscaras, manifestantes demonstram apoio ao juiz federal Sérgio Moro em Curitiba
  • Em Curitiba, manifestantes se “espremem” em estação tubo, rumo ao ato na Praça Santos Andrade
  • Boneco inflável gigante retratando a presidente Dilma como “mentirosa” apareceu na Praça Santos Andrade
  • Multidão protesta na região central de Curitiba
  • Manifestantes caminham pelo Calçadão da Rua XV
  • As proximidades da agência histórica dos Correios, na Rua XV de Novembro, ficaram repletas de manifestantes
  • Região central da cidade tomada por manifestantes
  • Máscaras do juiz Sérgio Moro são presença constante na manifestação em Curitiba
  • Centro de Curitiba virou um mar verde e amarelo na tarde de domingo (13)
  • Trânsito complicado na rua José Loureiro por volta das 14h30
  • Pedidos por justiça e pela saída da presidente Dilma do poder são comuns nas manifestações
  • Muitos curitibanos saíram às ruas neste 13 de março
  • Jonatas e Eliane Reichert , professor de piano e médico: “o país precisa ficar verde e amarelo. Sugerimos que, ao final da manifestação, as pessoas coloquem as bandeiras nas janelas de casa, para que não se esqueçam desse movimento” , disse Eliane
  • Visão geral da Praça Santos Andrade às 15h deste domingo (13)
  • Multidão caminha rumo ao Calçadão da Rua XV
  • Máscaras do juiz Sérgio Moro dominam o ato em Curitiba
  • Manifestante pede pela saída de Dilma Rousseff do poder
  • Avenida Marechal Deodoro repleta de manifestantes
  • Até cachorros marcaram presença no protesto
  • Crianças e cachorros também foram às ruas em Curitiba
  • Cachorrinho foi para a rua com camiseta da seleção brasileira
  • Manifestantes fazem “intervalo” em um bar do Calçadão da XV
  • Muito verde e amarelo na Boca Maldita
  • Perto das 16h, multidão toma conta da Boca Maldita
  • Banner gigante traz a mensagem de que Curitiba é contra a corrupção
  • Mulher bate panela pelas ruas do Centro de Curitiba
  • Senhora saiu às ruas de Curitiba com o rosto pintado de verde e amarelo
  • Para assistir às manifestações da sacada de um hotel na Boca Maldita, manifestantes pagaram cerca de R$ 20
  • Não foi só o juiz Sérgio Moro que foi “homenageado” pelos manifestantes. O “Japonês da Federal” também foi lembrado
  • Manifestante faz barulho no Centro de Curitiba
  • De um prédio na Rua XV, jovem assiste às manifestações

Drone mostra, de cima, como foi a manifestação em Curitiba

Curitiba teve 200 mil nas ruas contra Dilma em dia de protestos em todo o país. Confira imagens da manifestação por um outro ângulo.

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