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 | Miguel Schincariol/AFP
| Foto: Miguel Schincariol/AFP

Grupos pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram às ruas, em São Paulo, nesta sexta-feira (4) de manhã, depois que a Polícia Federal (PF) o conduziu coercitivamente para prestar depoimento em razão da deflagração de uma nova fase na Operação Lava Jato, a Aletheia. Pelo menos dois locais foram palco de confrontos entre os manifestantes, as ruas em torno do prédio onde moram Lula e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia, em São Bernardo do Campo, e o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, onde o ex-presidente e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, prestaram depoimento à PF.

No Aeroporto de Congonhas, os dois grupos saíram do lobby onde ficam os portões de embarque e se dirigiram para a frente de outro escritório da PF no local, onde Lula e Okamoto prestaram depoimento e saíram de carro. No caminho, os dois grupos se enfrentaram com socos e pontapés. Vários parlamentares petistas apareceram nas janelas do local acenando para a militância.

Grupos contra e a favor de Lula protestam em frente à sede da PF em Curitiba

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Em São Bernardo, cerca de 200 manifestantes ocupam a rua em frente ao prédio onde moram Lula e dona Marisa. Uma pessoa foi detida por agressão, segundo a Polícia Militar. Ao menos três vezes os policiais foram obrigados a conter os grupos e usaram gás de pimenta. Os xingamentos de ambos os lados são constantes. Carros passam perto do local fazendo buzinaço.

Na cidade, os dois grupos - contra e a favor - chegaram à Avenida Prestes Maia logo que foi divulgada a 24ª fase da Operação Lava-Jato. A Polícia Federal chegou ao prédio por volta das 6 da manhã em carros descaracterizados, que entraram pela garagem do edifício. Além de busca e apreensão na residência do petista, a PF levou Lula coercitivamente para prestar depoimento no Aeroporto de Congonhas.

A Polícia Militar e a Guarda Civil foram acionadas para conter a confusão entre os grupos e tentaram fazer uma barreira precárias com fitas e cordas. Por conta da movimentação, carros da PF e da Receita Federal que tentavam cumprir busca e apreensão no apartamento do petista tiveram dificuldade de passar.

O grupo ligado ao ex-presidente a todo momento entoa gritos de ordem como “Lula é o melhor presidente do Brasil”. Do outro lado, os contrários gritam “Cadeia”.

Tumulto em Congonhas

Em frente à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, o movimento começou com curiosos. Depois, começaram a chegar manifestantes anti-Lula.

O ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), absolvido pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, discutiu com manifestantes no aeroporto. O bate-boca começou porque ele começou a defender o PT. Ele havia desembarcado de um voo vindo de Brasília, quando soube da nova fase da Operação Lava-Jato.

“Eu fui absolvido por 10 a 0. Mas sofri uma execração nacional como estão fazendo com o Lula. Estou voltando de Brasília e vi na internet que ele estaria aqui”, falou o ex-deputado.

Acesso ao prédio do Instituto Lula é fechado

O entorno do Instituto Lula foi fechado pela Polícia Militar para evitar a aproximação de manifestantes e curiosos. Em São Paulo, na Superintendência da Polícia Federal, que fica na Lapa, Zona Oeste, o atendimento ao público foi cancelado. Os portões estão fechados e quem tinha agendamento para tirar passaporte é orientado a remarcar. A mesma orientação vale para quem for retirar o documento.

  • Caminhonete transporta , no banco de trás, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva . O carro saiu de sua casa em São Bernardo do Campo na manhã desta sexta-feira (4). Foto:
  • Manifestantes protestam contra o ex-presidente em frente à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (4). Foto:
  • O ex-deputado do PT Professor Luizinho reivindica em favor do ex-presidente, em frente à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas. Segundo informações não confirmadas, Lula presta depoimentos neste momento no local.
  • Força-tarefa da Lava Jato detalha, no Auditório da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba, investigação sobre Lula . Foto:
  • Polícia Federal convocou a coletiva de imprensa para esta sexta-feira (4), com o objetivo de esclarecer a 24ª fase da Lava Jato. Foto:
  • Policia Federal faz buscas na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (4) . Foto:
  • Apoiadores do ex-presidente Lula causam tumulto em frente à casa do político, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Foto:
  • Batizada de “Aletheia” ,a nova fase da Operação incluiu buscas na sede da Odebrecht, em São Paulo (SP), nesta sexta-feira (4). Foto:
  • O assessor especial do presidente Lula, Rogério Pimentel, chega para prestar depoimento na sede da Polícia Federal, no Bairro do Lapa, na zona oeste de São Paulo (SP). Foto:
  • Aglomeração de suporte ao ex-presidente Lula em frente à casa de São Bernardo do Campo (SP), que já foi investigada pela Polícia Federal. Foto:
  • Também houve movimentação na sede da Polícia Federal em São Paulo (SP). Foto:
  • Agentes da PF chegam com malotes à sede da Polícia Federal em São Paulo (SP). Foto:
  • Investigações da 24ª fase da Lava Jato investigam os escritórios do Instituto Lula , em São Paulo (SP). Foto:
  • Polícia Federal contém movimentação em São Bernardo do Campo. Além da casa do ex-presidente, também foram investigadas as residências de seus familiares. Foto:
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