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Alexandre de Moraes reafirmou a promessa de não inteferir na Lava Jato após o mal-estar provocado pela divulgação das gravações de Jucá. | Edson Lopes Jr/A2  Fotografia
Alexandre de Moraes reafirmou a promessa de não inteferir na Lava Jato após o mal-estar provocado pela divulgação das gravações de Jucá.| Foto: Edson Lopes Jr/A2 Fotografia

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou nesta segunda-feira (23) que o governo Michel Temer tenha recuado na promessa de dar apoio à Operação Lava Jato. Segundo ele, segue “absoluto” o compromisso da gestão interina no combate à corrupção e na “total independência” da Polícia Federal (PF). Em gravação revelada pela Folha de S.Paulo, o ministro Romero Jucá (Planejamento) sugeriu em março que uma mudança no governo federal resultaria em um pacto para deter a Operação Lava Jato.

“O compromisso do governo Michel Temer e do Ministério da Justiça com o combate à corrupção e a efetividade da Operação Lava Jato é absoluto e todas as condições necessárias serão garantidas à Polícia Federal, para que permaneça com total independência no prosseguimento das investigações”, disse Moraes.

Com a ressaca da divulgação de áudio em que Jucá fala em pacto para deter o avanço da Operação Lava Jato, o governo federal começou a avaliar desde a noite de domingo (22) os impactos de uma eventual saída do cargo do ministro do Planejamento.

A avaliação de governistas e aliados é que o episódio passa uma “péssima imagem de partida” da gestão interina e afeta discurso do presidente em exercício de que deixará a Operação Lava Jato transcorrer normalmente. Na tentativa de solucionar a primeira crise do novo governo, o presidente interino se reuniu na manhã desta segunda (23) com os ministros Jucá e Eliseu Padilha (Casa Civil) e com o assessor especial Moreira Franco.

Sangria

Em conversas ocorridas em março passado, e reveladas pela Folha de S.Paulo, o ministro sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.

Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República).

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