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Entre os indiciados está Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB) que, segundo o MP, comandava o esquema | /
Entre os indiciados está Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB) que, segundo o MP, comandava o esquema| Foto: /

Sete pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP), de Londrina, norte do Paraná, nesta sexta-feira (27). Eles são suspeitos de participar de um esquema de fraude em licitações e contratos para manutenção de veículos oficiais do governo do Paraná por um período de dois anos.

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Entre os indiciados está Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB) que, segundo o MP, comandava o esquema. Todos foram denunciados pela prática de três crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude à licitação. A denúncia, que tramita na 3º Vara Criminal de Londrina, é um desdobramento da Operação Voldemort, deflagrada no dia 17 de março.

Conforme o MP, o grupo teria fraudado licitações para que a Oficina Providence pudesse prestar serviços de manutenção dos veículos do estado entre o início de 2013 e março de 2015. As investigações apontam que a oficina ficava no nome de um laranja, mas que, na verdade, pertenceria a Luiz Abi e a outro empresário. Como detentores dos contratos, o grupo desviava recursos públicos.

A Providence foi contratada emergencialmente pelo então diretor do Departamento de Transporte Oficial do Estado do Paraná (Deto). Segundo a denúncia, quando o contrato expirou, outra empresa venceu a licitação para cuidar dos automóveis, porém, o grupo teria firmado um acordo para que esta nova empresa subcontratasse os serviços da Providence. “Permitindo a continuidade da atividade para a qual a oficina foi contratada emergencial e ilegalmente e, de consequência, a permanência do sistema de enriquecimento ilícito concebido pelo grupo”, diz a denúncia.

Ainda conforme o MP, um empresário apoiava o grupo, orientando para a prática dos crimes e intermediando o contato entre os denunciados. Um advogado também estaria envolvido no esquema. Ele seria o responsável por dar suporte jurídico e conferir aparência legal aos atos praticados pela quadrilha, segundo o Gaeco. O advogado produzia documentos e simulava o processo de dispensa de licitação, facilitando a contratação da Providence.

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