• Carregando...
 | J. Duran Machfee/Futura Press/Folhapress
| Foto: J. Duran Machfee/Futura Press/Folhapress

A votação e o pós impeachment foram marcados por uma festa de manifestantes anti-PT na Avenida Paulista, em São Paulo. Cerca de 50 deles, que estão acampados desde 16 de março na frente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), acenderam velas sobre um bolo com a bandeira do Brasil desenhada à base de baunilha e chocolate. E também brindaram com espumante.

Gritavam “Fora, Dilma” e “Lula na prisão” sobre a faixa de pedestres a cada semáforo fechado naquele ponto da Avenida Paulista. Com faixas e cartazes, eles também queimaram e pisaram em cima de adereços relacionados ao PT.

Temer é presidente definitivo, mas ainda pode ficar inelegível ou ser cassado

Leia a matéria completa

A resposta vinha dos carros cujas buzinas eram acionadas efusivamente.

Aquele trecho da via foi batizado pelos manifestantes como o QG do impeachment desde que o processo foi aberto no Congresso.

“A gente cantou o hino nacional e acendeu as velas do bolo. Foi para cantar parabéns para a população brasileira por este dia”, disse o técnico em sonoplastia Pietro Franchi, de 26 anos, que acampa ali desde 26 de março.

Em volta dele, manifestantes gritavam segurando bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo, além de cartazes com as fotos da advogada Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment, e do juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato.

Festa, mas medo pela aposentadoria

O confeito foi obra da babá Gildete Paixão, de 52 anos, que comemorou aos gritos de “Lula ladrão” a saída de Dilma da presidência, mas está com medo das possíveis mudanças na aposentadoria previstas pelo governo Michel Temer (PMDB) as quais podem prejudicar seu planejado descanso remunerado.

“Estou com medo das mudanças, sim, porque tenho mais de 30 anos de carteira assinada e quero me aposentar em breve. Mas o Brasil não podia mais ficar na mão de corruptos”, disse.

Os manifestantes acampados na calçada da Fiesp prometem sair dali no próximo dia 2.

“Vamos criar a nossa ONG, que vai se chamar Resistência Paulista. A ONG quer levar educação e conscientização política para crianças”, disse.

Durante a comemoração do grupo, porém, o que mais se ouviu foram ofensas e xingamentos a Lula e Dilma.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]