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Luiza Erundina é um dos poucos casos de mulheres que chegam às prefeituras. Ela administrou a cidade de São Paulo entre 1989 e 1993 | BRIZZA CAVALCANTE/BRIZZA CAVALCANTE
Luiza Erundina é um dos poucos casos de mulheres que chegam às prefeituras. Ela administrou a cidade de São Paulo entre 1989 e 1993| Foto: BRIZZA CAVALCANTE/BRIZZA CAVALCANTE

A falta de participação feminina na vida política não é exclusividade da composição dos ministérios do governo Temer. O número de mulheres concorrendo -- e sendo eleitas – em eleições municipais, estaduais e nacionais também é baixo e mostra como ainda há muito a avançar na inclusão de gênero.

Um levantamento realizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República mostra que o número de candidatas a prefeita nos municípios brasileiros nas últimas eleições era de apenas 13,4%. O número de prefeitas eleitas naquele ano é ainda menor: 11,8%.

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Quando analisados os dados por estado é possível perceber que o estado com o maior percentual de candidatas mulheres em relação aos homens é Roraima, onde 23,4% dos concorrentes são do sexo feminino. Mesmo assim, a proporção não chega nem a um quarto dos candidatos.

Quando o cargo é o de vereadora, o número de candidatas é um pouco maior: 31,9% em 2012. O número de eleitas, porém, é bem menor: apenas 13,3% das cadeiras em Câmaras Municipais no país são ocupadas por mulheres.

“Os partidos às vezes evitam colocar mulheres [para concorrer] porque sabem que a mulher, simplesmente por ser mulher, já diminui o número de votos exatamente em consequência desse padrão cultural que se tem em torno do macho”, analisa o professor de Ciências Sociais e do mestrado em Direitos Humanos da PUCPR Lindomar Boneti.

“Pode ter uma variável machista nisso, principalmente nos partidos políticos, para lidar com a entrada das mulheres”, opina a cientista política Maria do Socorro Braga.

Paraná

No Paraná, a tendência não é diferente da política nacional em relação às mulheres. O estado nunca teve uma governadora, por exemplo, assim como Curitiba nunca foi liderada por uma prefeita. As casas legislativas sediadas em Curitiba -- Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores -- também nunca tiveram uma líder feminina.

O número de mulheres eleitas também é baixo. Em Curitiba são cinco vereadoras para 38 cadeiras. Na Assembleia Legislativa, das 54 vagas, apenas quatro são ocupadas por mulheres. No Congresso, dos 30 deputados da bancada paranaense, só há dois nomes femininos. No Senado, a única representante feminina do Paraná é Gleisi Hoffmann (PT).

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