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O saldo positivo e o alerta dos protestos

Manifestantes tomaram conta do Centro de Curitiba: pelo fim da corrupção no país. | Paulo Lisboa / Tribuna/Ttribuna
Manifestantes tomaram conta do Centro de Curitiba: pelo fim da corrupção no país. (Foto: Paulo Lisboa / Tribuna/Ttribuna)

O número de pessoas que saíram as ruas no último domingo (15) chamou atenção para um clima de instabilidade política que há muito não se sentia no Brasil. Porém, ao mesmo tempo que as manifestações mostram o amadurecimento da democracia, alguns grupos bradaram contra o sistema democrático, solicitando uma “intervenção militar constitucional” ou mesmo um golpe de Estado. “É interessante que alguns grupos queiram retrocessos, mas ao mesmo tempo a liberdade de expressão, que é cerceado em uma ditadura, seja tão valorizada”, diz a cientista política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria do Socorro Braga.

Para ela, mesmo que haja a defesa da ditadura, é difícil que os movimentos antidemocráticos deslegitimem os protestos como um todo, já que a pauta dos protestos de agora tem se mostrado mais clara que a das manifestações de junho de 2013, quando o movimento dos “black blocs” tirou as pessoas das ruas. “É como se as pessoas estivessem procurando estabelecer um novo contrato social. Ainda não se sabe muito o que se quer, mas está claro que pelo menos o grupo da classe média não está satisfeito”, diz Maria do Socorro. O combate à corrupção e a crise econômica, porém, representam um desafio imediato para o governo. A reportagem listou, com a ajuda da cientista política, ao menos cinco motivos que levaram as pessoas as ruas e cinco outros que devem ser considerados quando se fala em volta à ditadura.

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