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Aécio Neves ligou para Beto Richa na última semana. | Nacho Doce/Reuters
Aécio Neves ligou para Beto Richa na última semana.| Foto: Nacho Doce/Reuters

Na última semana, lidando com a crise na administração do estado, o governador Beto Richa (PSDB) recebeu uma ligação do senador e companheiro de partido Aécio Neves (MG), que se disse preocupado com o que tem visto no noticiário sobre o Paraná. O presidente nacional do PSDB e candidato derrotado à Presidência nas eleições do ano passado, telefonou para o governador pedindo informações sobre a crise. “O Aécio me ligou para perguntar o que estava acontecendo, preocupado com as notícias nacionais”, revelou Richa, na quinta-feira, em seu gabinete no Palácio Iguaçu. Aécio foi uma espécie de modelo de Richa no início do primeiro mandato.

Aliás...

Os tucanos receiam que entidades sindicais ligadas ao PT tentem manter a greve − que já dura mais de 20 dias e tem mobilizado milhares de pessoas no Paraná − até o dia 15 de março, para quando estão marcadas manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A presença de dirigentes da CUT e de sindicatos de outros estados, inclusive São Paulo e Minas, na capital paranaense acendeu o sinal de alerta do governo. A inteligência da polícia está monitorando o acampamento montado por professores na frente do Palácio. O temor é que a oposição tente nacionalizar a crise paranaense para criar um contraponto aos protestos anti-PT.

AGENDA

Segunda-feira (02) – Está prevista na pauta da Assembleia Legislativa do Paraná a votação do projeto que cria a Ouvidoria-Geral do órgão. A responsabilidade da ouvidoria será aproximar Poder Legislativo e cidadão.

Terça-feira (03) – Os vereadores de Curitiba votam projeto que institui regra para a separação de lixo reciclável em condomínios. Além disso, decidem sobre o veto do prefeito Gustavo Fruet (PDT) ao projeto que trata de medidas de informação à gestante. A proposta gerou controvérsia no final do ano passado. O texto prevê que hospitais públicos e privados distribuam cartilhas às grávidas falando sobre os direitos delas.

Reaproximação

Depois de o ex-presidente Lula se encontrar com peemedebistas na última semana, a presidente Dilma Rousseff convidou a cúpula do PMDB para um jantar na noite desta segunda-feira (2). A relação da petista com o principal partido de sua base de apoio atingiu um alto nível de desgaste nas últimas semanas e forçou o vice-presidente Michel Temer a dizer em uma conversa telefônica com Dilma que a sigla está no “limite da governabilidade”, indicando uma chance real de rompimento. Além de Temer, serão recebidos no Palácio da Alvorada os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha. Em um giro por Brasília, o ex-presidente Lula conversou com peemedebistas e ouviu reclamações em relação ao tratamento dado pelo Palácio do Planalto à legenda. A presidente precisa do apoio do PMDB para aprovar as medidas de ajuste fiscal.

Protesto no aniversário

No domingo (1.º), uma série de atividades foi feita em homenagem ao aniversário da cidade do Rio de Janeiro. Em frente ao Palácio da Cidade, na Zona Sul, um grupo de cerca de 20 pessoas protestou contra Dilma Rousseff. A presidente participou da cerimônia de comemoração aos 450 anos do Rio. Os manifestantes gritaram palavras em protesto aos escândalos envolvendo a Petrobras. Algumas pessoas vestiram camisetas com a mensagem: “Petrobras, Operação Lava Jato”, em referência ao escândalo de corrupção envolvendo a estatal, deflagrado em março de 2014, em que estão envolvidas também as principais empreiteiras do país.

“Me trouxe um desgaste político, sim. Não há dúvida. Acho que oscilou para baixo minha popularidade, mas isso pode oscilar.”

Beto Richa (PSDB)Governador do Paraná, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, comentando a crise paranaense.
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