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As interpretações sobre os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff variam mais do que a divergência de números de pessoas nas ruas e nos jornais. Como se guiar entre informações dissonantes?

Vistas com contexto, surpreendem: foram organizadas como um “esquenta”, em oito dias, e fecharam ruas e avenidas de ponta a ponta. São também significativas: no princípio, apenas o Movimento Brasil Livre falava em impeachment. Hoje, é pauta geral. Não se conseguiram as típicas fotos de alguns perdidos pedindo intervenção militar nas ruas.

Impeachment “escapa” da Constituição e vira arma política

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O principal é o futuro: as ruas servem para pressionar. Dilma e o PT estão catando milho na contagem de votos no Congresso para o impeachment. Congressistas mudarão de lado. Observando o domingo, não é difícil perceber que o PT não deve ganhar mais nenhum voto além dos que possui, enquanto quem quiser salvar a própria pele debandará para a saída de Dilma.

Outro aspecto importante é o moral. As tímidas manifestações petistas possuem apenas militantes, vários a soldo. Os protestos pelo impeachment, sempre diminuídos pela imprensa, não lutam por um partido, mas para as leis serem obedecidas – por todos os partidos. A mensagem é clara para a maioria da população.

Com tempo para organização e um objetivo só repudiado por fanáticos comprados, março deve mesmo marcar o fim do mandato de Dilma.

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