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Dilma e Lula em  durante aniversário da fundação do PT. | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Dilma e Lula em durante aniversário da fundação do PT.| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Com a prisão do ex-ministro petista José Dirceu na manhã desta segunda-feira (3), líderes da oposição afirmam que as investigações da Operação Lava Jato se aproximam cada vez mais do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, além do núcleo principal do PT. Para o senador Aloysio Nunes (SP), vice-líder do PSDB no Senado, os fundamentos usados para a prender José Dirceu deveriam influenciar, pelo menos, uma investigação contra o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Dirceu foi o mentor do esquema na Petrobras, afirma procurador do MPF

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, que o ex-ministro José Dirceu (governo Lula) foi o instituidor do esquema de corrupção instalado na Petrobras

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Segundo os investigadores, Dirceu foi um dos criadores do esquema de corrupção na Petrobras e na estatal a prática do mensalão -a compra de apoio parlamentar. “Se a justificativa é que ele [Dirceu] contribuiu para formar o esquema da Petrobras, essa mesma se prestaria também, pelo menos, à abertura de uma investigação contra Lula e Dilma. Ele não montou isso sozinho. Havia um presidente da República e uma chefe da Casa Civil”, afirmou o tucano.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), também comentou a prisão do ex-ministro e sugeriu, em nota, que “falta pouco” para as investigações começarem a chegar a Lula e Dilma.

“Temos que aplaudir essa nova etapa da Lava Jato, que não se restringe a intermediários e finalmente começa a chegar aos cabeças pensantes, elaboradores de todo esse esquema corrupto dentro do Palácio do Planalto alimentado por ‘pixulecos’. Falta pouco agora”, disse.

O líder democrata na Câmara, Mendonça Filho (PE), acredita que essa fase inaugura o início das investigações contra o núcleo político do esquema, e que atingirá principalmente o PT. “O Dirceu foi o grande mentor do projeto de poder do PT e a prisão de hoje [segunda] agrava ainda mais o quadro político já delicado do partido.”

Mendonça se refere ao PT como uma “organização criminosa”. “É triste para o Brasil ver que foi dominado por uma organização criminosa, com aval da cúpula de um dos principais partidos da história da República”, disse.

Na mesma linha dos colegas, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou em nota que a prisão de Dirceu “deixa clara a ligação entre os escândalos do mensalão e do petrolão como práticas do governo petista”.

“Os fatos agora tornados públicos poderão finalmente chegar ao andar de cima. A hora é de apoiar as investigações e confiar na isenção das instituições”, afirmou.

Impeachment

Já o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu um novo governo no país para que “ele possa, junto com a Justiça, corrigir os rumos do Brasil. Para o deputado, “há o encaminhamento de que o impeachment pode se tornar necessário” porque a “ingovernabilidade está instalada no país”.

Na avaliação do deputado, o processo de julgamento e as punições do mensalão “não serviram como advertência ao PT de que era preciso parar com as atividades que envolviam corrupção”.

O líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), também afirmou que as investigações se aproximam de Lula. “A prisão de Dirceu complica ainda mais o Partido dos Trabalhadores, que na Presidência da República, montou uma engrenagem de corrupção para roubar recursos da população brasileira. Desmoraliza totalmente um partido que pregava a ética na política e ao chegar ao poder, infelizmente, mergulhou de cabeça no submundo do crime”, disse.

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