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Kielse: luta contra o pedágio justificaria os gastos publicitários | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Kielse: luta contra o pedágio justificaria os gastos publicitários| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Algumas escolhas dos deputados estaduais na aplicação da verba de ressarcimento da Assembleia chamam a atenção. O parlamentar Cleiton Kielse (PMDB), por exemplo, usou praticamente toda a verba a que tinha direito neste ano para pagar material de divulgação da atividade legislativa dele. Dos R$ 103 mil usados em sete meses, R$ 101,3 mil foram para empresas de instalação de painéis publicitários e impressão de material para divulgação.

Kielse afirma que essa concentração foi em função do trabalho que realiza contra o pedágio. "O pessoal cobra documentos que tenho recolhido sobre o pedágio. Tenho mandado o relatório com o resumo dos estudos que faço para associados de entidades de todo o estado. São entidades que chegam a ter 6 mil associados", justifica.

Sobre as placas, ele afirma que ajudou a população de diversos municípios a cobrar, por meio desses painéis, os gastos públicos realizados pelas prefeituras. E diz que isso é necessário porque em muitas cidades há pouco uso de internet, o que torna o papel e a propaganda em painéis importante para prestar contas do seu trabalho. Ele ainda diz que os gastos com publicidade do gabinete aumentaram quando a Assembleia extinguiu a gráfica da Casa, na qual os deputados podiam imprimir de cinco a dez mil peças por mês.

ExplicaçõesCampeões de despesas justificam o uso da verba de gabinete

O deputado Péricles de Mello (PT), campeão de gastos com a verba de gabinete até agora na Assembleia do Paraná (veja reportagem da página anterior), falou com a reportagem por meio de sua assessoria de imprensa. Ele justificou as despesas do primeiro semestre dizendo ter um mandato amplo, que atende diversos municípios.

Sobre as cinco notas emitidas por restaurantes e churrascarias de Ponta Grossa, em valores que vão de R$ 418 a R$ 520, a chefia de gabinete explicou que a refeição foi paga a pessoas que se reúnem em Ponta Grossa para discutir o mandato. Tais eventos, informou a assessoria, foram todos do trabalho parlamentar e não da pré-campanha do agora candidato a prefeito de Ponta Grossa. O deputado Ney Leprevost (PSD), segundo que mais gastou, não foi encontrado pela reportagem para comentar suas despesas.

A deputada Rose Litro (PSDB), a terceira no ranking, disse que quem poderia responder pelos gastos seria seu marido, Luiz Litro, que cuida da administração do gabinete. Litro informou que os gastos são os necessários para cobrir os custos do mandato. Ela foi a que mais usou verba para serviços técnicos e a justificativa é que os gastos foram com contabilidade e consultorias jurídicas. Além desses serviços, o gabinete ainda encomendou uma pesquisa de opinião, na Região Sudoeste, pela qual pagou R$ 3 mil. "Foi para saber o que o povo precisa. Pediram um curso de Medicina e a Rose já apresentou o projeto para isso", disse Luiz Litro.

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