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O motorista que passar pelas praças de pedágio entre Guarapuava e Foz do Iguaçu deverá desembolsar "um extra" para pagar a tarifa a partir de dezembro deste ano. O valor deve ser reajustado pela inflação dos últimos 12 meses -- como ocorre todo o ano -- mais 3,82% para compensar a obra de duplicação em um trecho da BR-277. A possibilidade já havia sido levantada por reportagem da Gazeta do Povo e foi confirmada por depoimento do diretor-presidente da concessionária Ecocataratas, Evandro Couto Viana, em sessão da CPI dos Pedágios desta terça-feira (5).

O reajuste deve ser feito para compensar os gastos da concessionária com o trecho de 14,4 quilômetros de duplicação entre os municípios de Matelândia e Medianeira. "Até 2021, quando acaba o contrato deles com o governo, terão recebido pelo menos R$ 131 milhões do contribuinte por uma obra que custou R$ 65 milhões", comentou o presidente da CPI, Nelson Luersen (PDT)

"O que me espanta é ver que esse dinheiro virá de um contrato que não tem a assinatura do governador Beto Richa, só do secretário de infraestrutura e logística [José Richa Filho, irmão de Beto]", acrescenta. Para o deputado, um contrato sem a assinatura do governador não deveria ter validade. "Se nada for feito, a Ecocataratas vai receber dinheiro até 2021 para fazer apenas a manutenção da via, sem mais um quilômetro de duplicação".

Próximos passos

Quatro diretores de concessionárias no Paraná ainda serão ouvidos pela CPI dos Pedágios, que termina no dia 2 de março de 2014, sem possibilidade de prorrogação de prazo. "Não vamos ter tempo de ouvir todos que pretendíamos", lamenta o presidente Nelson Luersen, que comenta que gostaria de ouvir novamente pessoas que já participaram de audiências da comissão.

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