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Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou a suspensão de depoimentos do ex-diretor Paulo Roberto Costa pelo prazo de 15 dias por recomendação médica, inviabilizando a acareação prevista para esta quinta-feira (6) na CPI da Petrobras.

Em seu ofício ao presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), Moro não deu detalhes sobre a situação de saúde do ex-diretor. Só afirmou que houve “problemas de saúde recentemente apresentados” por Costa e que a suspensão é “em decorrência de recomendação médica”.

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Por isso, Moro sugeriu à CPI que fosse postergada a acareação. Embora tenha sido apenas uma sugestão, a reportagem apurou que será adiado o evento -até porque, em outros casos de problemas de saúde, o STF (Supremo Tribunal Federal) cancelou a acareação que ocorreria na CPI com o ex-gerente Pedro Barusco.

Com isso, o retorno dos trabalhos da comissão terá uma semana inicial lenta. Só haverá sessão na quarta (5), na qual estão previstos depoimentos de policiais federais que participaram da obtenção de dados de celulares da empresa canadense Blackberry e dos representantes das empresas Samsung Heavy Industries e Mitsui.

Há dúvidas, porém, se o representante da Samsung virá. Isso porque o presidente da Samsung Heavy Industries no Brasil convocado pela CPI não ocupa mais esse cargo, por isso a Polícia Federal não conseguiu fazer sua condução coercitiva.

Ao ir à sede da empresa, a PF descobriu que J. W. Kim não é mais presidente nem reside no Brasil. O atual representante estava fora do país no momento da diligência da PF.

Os representantes dessas duas empresas foram convocados porque elas contrataram o lobista Julio Camargo, que aponta ter repassado propina proveniente de um contrato delas com a Petrobras no valor de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha nega.

A convocação foi articulada pelo deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha, e tem como estratégia obter deles a declaração de que não pagaram propina a Cunha.

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