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Cunha e Renan: informados com antecedência por Michel Temer. | Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Cunha e Renan: informados com antecedência por Michel Temer.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB, e outros 26 parlamentares federais estão na lista de políticos que serão investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Lava Jato. A relação de políticos sob suspeita foi enviada nesta terça-feira (3), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) – que é o foro de investigação e julgamento de autoridades federais, como deputados e senadores.

Também foram enviados sete pedidos de arquivamento de inquérito relativos a políticos que foram citados mas que os procuradores entenderam não haver indícios fortes o suficiente para a abertura de inquéritos.

Ao todo, os inquéritos que chegaram ao Supremo citam 54 pessoas que de alguma forma estão envolvidas nas investigações. Como tanto os pedidos de abertura de inquérito quanto os de arquivamento podem ter mais de uma pessoa, não é possível saber, neste momento, quantas efetivamente serão investigadas.

Sem sigilo

Janot pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, para derrubar o sigilo das investigações. Segundo informações de bastidores, o ministro deve atender ao pedido, mantendo em segredo apenas aquilo que possa prejudiciar investigações ainda em andamento.

Zavascki vai deferir ou indeferir os pedidos do procurador-geral de abertura de inquérito contra os políticos até a sexta-feira (6), quando também deverá divulgar o nome dos parlamentares envolvidos. O ministro pretende divulgar os nomes dos investigados de uma vez só. Zavascki entende que, assim, o parlamentar envolvido estará menos exposto que quaisquer outros.

Por enquanto, os dois únicos nomes que vazaram foram os de Renan e Cunha porque os dois teriam sido informados pelo próprio vice-presidente Michel Temer (PMDB), em encontros na sexta-feira. O assunto vazou para parlamentares da bancada peemedebista, que revelaram o assunto à imprensa.

Desmentidos

Pelo Twitter, Eduardo Cunha negou que tenha sido informado de que será investigado pela Lava Jato. Renan Calheiros também negou ter sido procurado. “Não tenho nenhuma informação”, respondeu Renan ao deixar nesta terça-feira a reunião de líderes partidários do Senado. Temer também negou ter informado os dois colegas de partido.

Apesar dos desmentidos, fontes das bancadas do PMDB na Câmara e no Senado confirmaram a informação.

O vice-presidente teria sido informado por Janot em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, na manhã de quinta-feira passada (26). Um dia depois teria procurado os presidentes do Senado e da Câmara para avisar-lhes do inquérito.

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