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Professores em frente do cordão de isolamento da PM: contingente de manifestantes deve aumentar para pressionar os deputados. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Professores em frente do cordão de isolamento da PM: contingente de manifestantes deve aumentar para pressionar os deputados.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O segundo dia de manifestações dos servidores estaduais contra o projeto que promove mudanças na Paranáprevidência, nesta terça-feira (28), deve contar com uma adesão maior, segundo prometem dirigentes da APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual. São esperados ao menos 60 ônibus vindos do interior para reforçar o movimento. A expectativa é de que cerca de 20 mil manifestantes se incorporem à mobilização.

Nesta segunda-feira (27), primeiro dia de greve dos professores e de votação do projeto na Assembleia, cerca de 5 mil pessoas protestaram em frente ao Legislativo estadual, segundo a APP. Para a Polícia Militar (PM), foram 3 mil. À noite, alguns manifestantes montaram barracas na praça em frente ao prédio da Assembleia e prometeram continuar no local até a última votação, prevista para quarta-feira (29). Eles temem, porém, que a PM impeça sua permanência no local.

Veja como foi o tempo real desta segunda-feira (27)

As manifestações desta segunda-feira em geral foram pacíficas (houve apenas um princípio de tumulto em frente ao Palácio Iguaçu). Mas o clima é de tensão constante. “Parece que vai ter que morrer alguém para chamar a atenção”, disse um servidor de Ponta Grossa que estava no protesto. A atmosfera de insegurança vem da lembrança das últimas manifestações de professores, em fevereiro, quando o prédio da Assembleia chegou a ser ocupado, o que culminou na retirada do projeto de lei pelo governo.

VÍDEO: Confira o primeiro dia da nova greve dos professores estaduais

Faltou debate

Na avaliação de Hermes Leão, presidente do APP-Sindicato, o déficit causado nas contas do governo teve origem na irresponsabilidade fiscal e no descontrole de gastos. “Não somos nós, servidores, que vamos ter de bancar isso”, afirmou. Além disso, o principal motivo que anima os grevistas é que o projeto não foi amplamente discutido. Mesmo com a declaração de ilegalidade da greve pelo Judiciário, eles pretendem manter a mobilização.

“Se o projeto fosse bom, não precisava de polícia”, disse Marlei Fernandes, diretora da APP-Sindicato, destacando o grande efetivo policial montado em frente ao prédio da Assembleia para garantir a votação do projeto. Além dos professores, muitos alunos apoiam o movimento e pretendem acompanhar a votação do projeto pelos deputados. “Estamos de novo juntos com os professores. Também entendemos que não teve negociação”, afirmou Cassiane Grassi, aluna do Colégio Estadual do Paraná.

Além dos professores da rede estadual, havia docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Estadual de Londrina (UEL). Estes foram os primeiros a armar as barracas na Praça Nossa Senhora da Salete.

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