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O juiz Sergio Moro afirma em seu despacho que José Dirceu também recebeu valores de empreiteiras. No total, foram R$ 8,597 milhões pagos por empresas como Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, UTC e Egesa, além da própria Engevix, pagos de 2009 até outubro de 2014. Pelo menos duas delas, a OAS e a UTC, fizeram pagamentos até 2014, depois que Dirceu já havia sido condenado.

O ex-ministro também recebeu R$ 8,446 milhões do laboratório EMS e R$ 1,379 da empresa Monte Cristalina em parcelas mensais, que continuaram a ser pagas mesmo depois que ele foi recolhido à prisão.

Dirceu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2012 e foi preso em 15 de novembro de 2013. Permaneceu na prisão até 28 de outubro de 2014.

Moro demonstra surpresa por pagamentos feitos após a prisão. “Afinal, não é crível que José Dirceu, condenado por corrupção pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, fosse procurado para prestar serviços de consultoria e intermediação de negócios após 17 de dezembro de 2012 e, inclusive, após sua prisão. Em realidade, parece pouco crível que fosse procurado até mesmo antes, pelo menos a partir do início da ação penal 470 pelo plenário do STF em meados de 2012.”

Para o juiz, os pagamentos neste período eram indicativos de pagamentos de propina pendentes por contratos das empreiteiras com a Petrobras.

Para se ter uma ideia, um dos contratos, com a OAS, prevê serviços de assistência jurídica, sem e o juiz observa que não se tem notícia que ele tenha conhecimento na área.

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