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Antes de protocolar o pedido, o líder Carlos Sampaio irá comunicar ao presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), na próxima terça-feira , que a bancada não precisa esperar pelo parecer de Miguel Reale Júnior | José Cruz/Agência Brasil
Antes de protocolar o pedido, o líder Carlos Sampaio irá comunicar ao presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), na próxima terça-feira , que a bancada não precisa esperar pelo parecer de Miguel Reale Júnior| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Se depender de 95% da bancada do PSDB na Câmara, entre terça e quarta-feira o líder Carlos Sampaio (SP) pode protocolar na secretaria geral da Casa um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade: omissão em relação ao Petrolão e pedaladas fiscais. A decisão, tomada nesta sexta-feira durante debate dos deputados tucanos na primeira rodada da Oficina de Planejamento Estratégico da bancada , em Brasília, atropela o calendário da direção do partido, que aguarda um parecer jurídico do ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior.

Antes de protocolar o pedido, o líder Carlos Sampaio irá comunicar ao presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), na próxima terça-feira , que a bancada não precisa esperar pelo parecer de Miguel Reale Júnior.

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O líder disse que no encontro com Aécio vai levar a posição da bancada e procurar convencê-lo de que já há elementos jurídicos para embasar o pedido de impeachment, mas deixando claro que o partido tem o seu tempo, e a bancada outro. “Vamos levar ao Aécio um convencimento. Entendemos que o partido tem o seu tempo , mas a bancada que deve ser a protagonista desse processo, também tem o seu. E se depender da bancada, protocolamos esse pedido de impeachment entre terça e quarta-feira”, declarou o líder Carlos Sampaio em entrevista a rádio CBN agora a tarde.

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Sobre um possível arquivamento por parte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o tucano disse que então recorrerão ao plenário, que , em última instância, irá decidir sobre o acolhimento ou não do impeachment. “O presidente Eduardo Cunha tem falado contra o impeachment por informações que recebe da Imprensa. Mas quando ele receber uma peça com raciocínio lógico e jurídico, ele terá que rever sua posição. Vai ter que se debruçar e se cercar dos melhores juristas para derrubar os argumentos que vamos apresentar. Vamos convencê-lo juridicamente de que o pedido é cabível”, disse Carlos Sampaio.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que deveria abrir o seminário, não compareceu, segundo a assessoria, porque teve que ficar no Rio de Janeiro, onde passa por exames médicos. Carlos Sampaio disse que a bancada respeita seu posicionamento de achar que ainda não está configurada uma situação de impeachment, mas que ele próprio disse que essa é uma decisão do Congresso.

“Nós respeitamos a posição do presidente Fernando Henrique , dos senadores José Serra e outros que discordam. Mas a Casa que decide o impeachment é a Câmara, o protagonismo é da bancada. Vou levar ao Aécio a posição clara da bancada favorável ao impeachment, e de que já detemos todas as informações necessárias para alicerçarmos doutrinariamente e juridicamente o pedido e não precisaríamos aguardar uma reflexão do Miguel Reale, já que temos outros juristas, como Ives Gandra Martins , que tem o mesmo sentimento da bancada”, anunciou o líder do PSDB na Câmara.

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