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Temer, vice-presidente. | UESLEI MARCELINO/REUTERS
Temer, vice-presidente.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Ao comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de reabrir ação para apurar as contas da chapa que o elegeu juntamente com a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer desafiou a justiça eleitoral:

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“Que se investigue. Não vão achar nada”, afirmou Temer, no início da tarde desta quinta-feira (27), em São Paulo.

Ao final de um almoço com um “amigo de 50 anos” em um restaurante italiano, Temer afirmou que “decisão judicial não se discute”. Embora o número de ministros favoráveis à reabertura das contas já seja suficiente para reiniciar investigações, o julgamento acabou suspenso por um pedido de vistas. Se forem condenados por irregularidades, Temer e Dilma podem ter suas candidaturas cassadas.

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“Não há nada irregular (na campanha), não se sabe nem quais são as afirmações”, desconversou Temer, demonstrando tranquilidade.

O vice-presidente disse ainda que a recondução do Procurador Geral da República Rodrigo Janot pelo Senado nesta quarta-feira (26) é “um sinal positivo” do “novo momento político”.

“O Congresso respondeu muito bem à indicação do Executivo em relação ao Janot. Eu disse a presidente que a primeira fase da articulação política se esgotou porque todo o ajuste foi feito até terça feira passada. Foi feito vitoriosamente. Talvez nós possamos entrar numa segunda fase em que não se cuida mais do que se chama de varejo e cuida-se da grande articulação”, afirmou, complementando a resposta ao dizer que ele mesmo fez reuniões com os líderes partidários na Câmara:

“Farei sempre que for necessário. Vou fazer a boa relação entre o Executivo e o Legislativo.”

Sobre a oposição de seu correligionário Eduardo Cunha (PMDB - RJ), ele afirmou que “nós temos que enfrentar eventuais divergências”.

“Ele se declarou oposicionista no plano pessoal, não no plano institucional. E tem colaborado conosco frequentemente”, disse, citando acordo da PEC 172 costurado nesta quarta-feira, com apoio do presidente da Câmara.

Sobre as declarações de Cunha de que as denúncias na Operação Lava Jato seriam perseguição do Planalto, Temer sorriu e disse: “Aí eu prefiro não entrar no tema. Acho que a questão dele agora é uma questão judicial, que ele vai se defender judicialmente.”

Sobre a recriação da CPMF, ele afirmou: “Essa discussão me chegou aos ouvidos agora há pouco, hoje, aqui em São Paulo. Eu confesso que não tomei ciência ainda e vamos ver como isso vai ser recebido pelo Congresso, há muita discussão pela frente.” Temer disse nunca ter tratado do assunto com Dilma.

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