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Após complicar a vida do governo nos últimos dias, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (5) que a devolução da medida provisória que revisa as regras de desoneração da folha de pagamento não foi uma retaliação ao governo.

“Minha decisão de devolver a medida provisória não foi contra ninguém. Ela foi a favor do Congresso e da democracia no Brasil”, disse Renan. Ele fez um breve pronunciamento da cadeira de presidente do Senado na sessão desta quinta.

“Hoje no Brasil, mais do que nunca, o Ministério Público é cada vez mais Ministério Público, o Judiciário é cada vez mais Judiciário, o Executivo é cada vez mais Executivo e o Congresso Nacional é cada vez mais Congresso Nacional”, disse antes de justificar a devolução da medida.

Apesar de minimizar a situação, que obrigou o governo a enviar, horas depois de anunciada sua decisão, um projeto de lei com urgência constitucional para garantir a revisão das regras, Renan tem subido o tom contra o governo nas últimas semanas porque quer, como a Folha de S.Paulo mostrou nesta quinta, uma sinalização de que será protegido pelo Planalto e que o PT não defenderá a sua saída.

Renan é um dos alvos da Procuradoria-Geral da República nas investigações sobre corrupção na Petrobras. Ele teve seu nome citado nos pedidos de investigação entregues ao STF (Supremo Tribunal Federal).

SERRA

Um dos caciques do PMDB, principal sigla aliada do governo, Renan elogiou, no início do seu discurso, o primeiro pronunciamento feito pelo senador José Serra (PSDB-SP), nesta quarta (4). O tucano criticou a condução da economia pelos governos do PT e disse que o país enfrenta a pior crise econômica de que ele se lembra.

“Seu pronunciamento foi oportuno, verdadeiro e brilhante em um momento de muitas dúvidas na política. Só a política pode tornar possível a sua reinvenção”, disse Renan. O presidente do Senado completou afirmando que Serra “é um exemplo do que a política tem de melhor para o Brasil”.

Para Renan, a avaliação de Serra sobre a economia foi “um diagnóstico preciso”. “Senador Serra tem que reconhecer que ele próprio não conseguiria, há duas décadas, fazer um diagnóstico tão preciso quanto o que ele fez ontem”, disse.

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