O Conselho de Ética da Câmara de Curitiba decidiu punir a vereadora Renata Bueno (PPS) por chamar os colegas de "gentalha". A vereadora receberá uma censura pública repreensão dada em plenário pelo presidente da Casa pela declaração. Por ser uma punição considerada branda, ela não precisa ser votada em plenário, como em caso de cassação ou suspensão.
Em entrevista à Gazeta do Povo, em outubro do ano passado, Renata Bueno demonstrou sua irritação com alguns vereadores da Casa, incluindo o ex-presidente João Cláudio Derosso (sem partido) e os veteranos Jair Cézar (PSDB) e Algaci Túlio (PMDB). "Não tenho dúvida de que minha produção fora da Câmara é muito maior do que quando fico no plenário aguentando essa gentalha. É gentalha que não produz nada, passa horas e horas se lamentando, fazendo teatro", disse na época.
Apesar de a crítica ter sido direcionada a alguns vereadores, ela foi interpretada pelo Conselho como uma ofensa à instituição. O processo foi relatado pelos vereadores Jorge Yamawaki (PSDB), Noêmia Rocha (PMDB) e Pastor Valdemir (PRB) este último não assinou o processo, e estava ausente da sessão de ontem do Conselho.
Nepotismo
Outro processo no Conselho de Ética envolvendo a vereadora também foi encerrado ontem. No caso da acusação de nepotismo cruzado, Renata foi inocentada. Segundo a acusação, Leonesto Emílio Eitelwein, tio de Renata, trabalhou em cargo comissionado no gabinete do vereador Zé Maria (PPS). Entretanto, ele foi nomeado em 2005 quatro anos antes da eleição da vereadora.
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