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Sedes da Polícia Federal em Curitiba e em Brasília. | /
Sedes da Polícia Federal em Curitiba e em Brasília.| Foto: /

A operação é a mesma, mas o ritmo frenético das investigações da Lava Jato em Curitiba contrasta com passos lentos em Brasília.

De um lado, na capital paranaense, onde ocorre a apuração de casos de corrupção na Petrobras em primeira instância, já foram deflagradas 23 fases da operação, com 127 mandados de prisão cumpridos em quase dois anos. Já na capital federal, onde são investigadas pessoas com prerrogativa de foro, três fases foram deflagradas – apenas uma delas com prisões – em um ano.

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A operação Lava Jato começou como uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre um grupo de doleiros que praticava lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Demorou apenas três dias para a PF chegar ao primeiro ex-diretor da Petrobras envolvido no esquema: Paulo Roberto Costa foi preso pela primeira vez em 20 de março de 2014, na segunda fase da Lava Jato.

Na terceira etapa, realizada em 11 de abril daquele ano, foram realizadas buscas e apreensões na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, puxando o primeiro fio da meada para descobrir um gigantesco esquema de corrupção na estatal.

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De lá para cá, em primeira instância, a investigação registra a média de cinco presos por mês – entre eles, diversos operadores, ex-funcionários da estatal, políticos e a cúpula de grandes empreiteiras do país. Ainda em novembro de 2014, a PF colocou atrás das grades executivos de pelo menos sete empresas: OAS, Galvão Engenharia, UTC, Engevix, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Mendes Junior, entre outras.

Passos lentos

Enquanto isso, em Brasília, desde a divulgação da famosa “lista” de políticos supostamente envolvidos no esquema da Petrobras, elaborada, em março do ano passado, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apenas três fases da Lava Jato foram deflagradas.

A primeira das etapas realizou buscas em endereços relacionados ao senador Fernando Collor (PTB). A segunda – e a única com prisões – levou à prisão do senador Delcídio Amaral (PT), do banqueiro André Esteves e do advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro. Na última operação, em dezembro, foram recolhidos documentos relacionados ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).

Por meio da assessoria de imprensa, a PF de Brasília informou que o ritmo das investigações é diferente por envolver pessoas com prerrogativa de foro. A instituição destacou que as investigações na capital federal são desdobramentos da primeira instância da Lava Jato, ou seja, não se trata, necessariamente, da mesma operação. A assessoria não detalhou em que pé estão as apurações sobre o possível envolvimentos de políticos no esquema.

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