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| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Romário (PSB-RJ) admite que pode rever sua posição em relação ao processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Além do ex-jogador, Acir Gurgacz (PDT-RO), que também votou pela abertura do processo de impedimento da então presidente, diz que pode mudar de opinião. As informações são do jornal O Globo. Com a virada desses dois senadores, o julgamento definitivo do afastamento de Dilma fica com o resultado em aberto: caso a troca de posições seja confirmada, ela não seria mais cassada. Quando o Senado votou pela abertura do processo de impeachment, obteve 55 votos favoráveis – para confirmar o afastamento da petista, são necessários 54 votos, no mínimo.

A especulação sobre os votos dos senadores é mais um capítulo da novela que se tornou o governo interino de Michel Temer (PMDB). Em apenas 20 dias na presidência, dois ministros do novo governo já pediram afastamento de suas funções, depois do vazamento de conversas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. O primeiro a deixar o governo foi o responsável pelo Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-PE). Nas gravações, ele falava em ‘estancar a sangria’ causada pela Operação Lava Jato. Na segunda-feira (30), foi a vez do ministro da Transparência Fabiano Silveira pedir demissão. Ele também foi gravado criticando a operação.

Em entrevista ao jornal O Globo, Romário afirmou que seu voto foi pela continuidade das investigações sobre os possíveis crimes fiscais cometidos por Dilma. “Assim como questões políticas influenciaram muitos votos na primeira votação, todos esses novos fatos políticos irão influenciar também. Meu voto final estará amparado em questões técnicas e no que for melhor para o país”, disse.

Já Gurgacz afirmou ao partido que mudará de posição e votará contra o impeachment. A sinalização do senador fez com que o Diretório Nacional do PDT adiasse a decisão sobre punição disciplinar aos senadores que votaram contra a orientação do partido. Por enquanto, apenas Lasier Martins (PDT-RS) segue afirmando que manterá posição favorável ao afastamento de Dilma.

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