O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reiterou neste sábado (27) que o partido segue acreditando na inocência de seu ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Ele foi preso em abril deste ano suspeito de ter negociado propina com empresários investigados na Operação Lava-Jato para o PT.
Reportagem divulgada pela revista Veja neste sábado diz que o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, teria dito, em depoimento de delação premiada, ter imagens de Vaccari no escritório da empresa em uma das entregas de propina. Pessoa, ainda segundo a publicação, contou detalhes de como o ex-tesoureiro se comportava durante esses supostos encontros. A “Veja” informou ter tido acesso ao depoimento prestado por Pessoa à Justiça.
“Continuamos defendendo (Vaccari) e não há nenhuma prova contra o Vaccari. Todas as doações são legais e foram declaradas. Vi na imprensa que há um vídeo, mas eu não vi e não vou comentar”, afirmou Rui Falcão, ao deixar, nesta tarde, uma reunião com integrantes do MST em São Paulo.
Pessoa teria dado à Justiça detalhes de como eram os pagamentos de propina ao PT por meio de Vaccari. O petista, segundo o empreiteiro, não gostava de falar em dinheiro e propina nessas reuniões e que preferia o termo “pixulecos”. Ele também evitaria falar em cifras, preferindo escrevê-las em papel. Este, por sua vez, ainda conforme a revista, era picado por Vaccari e descartado em lixeiras diferentes.
O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso, disse na sexta-feira (26) que seu cliente nunca recebeu dinheiro do empreiteiro de forma ilegal. “O Vaccari nunca transacionou caixa dois. Toda a solicitação que ele fez de doação ao partido ou a quem quer que seja sempre foi doação oficial. Não procede (essa acusação)”, disse o advogado do ex-tesoureiro.



