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Interrogatório do ex-ministro Nelson Barbosa durou mais de oito horas | ANDRESSA ANHOLETE/AFP
Interrogatório do ex-ministro Nelson Barbosa durou mais de oito horas| Foto: ANDRESSA ANHOLETE/AFP

Dos três senadores que se colocam na posição de “indecisos” em relação ao impeachment da presidente da República Dilma Rousseff, nenhum participou do interrogatório de uma das principais testemunhas de defesa da petista, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, ouvido neste sábado (27). São eles: Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Omar Aziz (PSD-AM).

Os três, embora apareçam na lista de “indecisos” do placar do impeachment divulgado neste sábado (27) pelo jornal “Folha de S.Paulo”, não aproveitaram a presença de Nelson Barbosa no plenário para fazer perguntas sobre os decretos de crédito suplementar e o atraso do governo federal no pagamento junto aos bancos públicos das subvenções ao Plano Safra, objetos do pedido de impeachment.

Do total de senadores presentes no plenário, mais de 30 participaram do interrogatório do ex-ministro, que começou às 10h24 e só foi terminar às 18h40, com uma hora de intervalo para o almoço. Com a ausência dos “indecisos”, só fizeram perguntas parlamentares que já têm posição sólida sobre o impeachment e não devem mudar o voto.

Placar

No placar, dos 81 senadores, além dos três indecisos, 52 se posicionam a favor do impeachment e 18 contra. Outros oito parlamentares informaram ao jornal que preferem não declarar o voto: Elmano Férrer (PTB-PI), Fernando Collor (PTC-AL), João Alberto Souza (PMDB-MA), Otto Alencar (PSD-BA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Roberto Muniz (PP-BA), Roberto Rocha (PSB-MA) e Wellington Fagundes (PR-MT).

Do grupo de oito senadores, apenas o senador Roberto Muniz participou do interrogatório de Nelson Barbosa neste sábado. Ao fazer sua pergunta ao ex-ministro da Fazenda, o pepista demonstrou preocupação em relação ao cumprimento da meta fiscal pelas administrações públicas, a partir do entendimento daqueles que sustentam que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade. “Se prevalecer que a meta tem que ser apurada em tempo real, haverá uma grande incerteza jurídica. A meta se verificava anualmente, não de forma bimestral. Isso estava sendo praticado por todo o setor público”, respondeu Barbosa.

Muniz concluiu a intervenção indicando que pode votar contra o impeachment. Segundo o pepista, a nova tese em relação ao cumprimento da meta colocaria “em risco” os mandatos dos prefeitos que serão eleitos em outubro próximo.

Para que o impeachment seja aprovado, são necessários os votos de ao menos 54 senadores. Entre aqueles que não falam publicamente sobre suas posições, está o presidente do Senado, Renan Calheiros. Até aqui, alegando que sua cadeira na Casa exigiria “neutralidade”, o peemedebista tem dito que pode não participar da votação. O último dia de julgamento está previsto para a terça-feira (30).

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