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A decisão do Supremo Tribunal Federal de livrar da cadeia e transferir para o regime de prisão domiciliar nove empreiteiros denunciados no esquema de corrupção e desvios na Petrobras não vai criar obstáculos ao ritmo dos processos da Lava Jato conduzidos pelo juiz federal Sérgio Moro, avalia a força-tarefa responsável pelas investigações. Pelo cronograma, a partir de junho começam a ser expedidas as primeiras sentenças nas cinco ações penais que têm os executivos como réus.

Esta semana a Justiça Federal dará início aos interrogatórios dos 25 dirigentes e funcionários de seis empreiteiras – Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC – das 16 apontadas como integrantes de um cartel nos contratos da Petrobras.

Na semana passada, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef – delatores e peças centrais no esquema – foram os primeiros réus desses processos a serem interrogados. Costa confirmou o esquema de corrupção e cartel na estatal. “Nos contratos envolvendo o cartel, a propina era generalizada”, afirmou.

Os executivos e as empresas serão acusados formalmente ainda por formação de cartel e fraudes em processo licitatório. “As empresas simulavam um ambiente de competição e o fraudavam. Temos aí um ambiente fraudado com cartas marcadas”, afirma Dallagnol.

Para os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, a necessidade de prisão dos réus, incluindo o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa – apontado como o coordenador do cartel –, e o presidente afastado da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Leó Pinheiro, está mantida.

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