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 | Wilson Dias/Agência Brasil
| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Enquanto a presidente afastada Dilma Rousseff está ausente de eventos públicos, isolada no Palácio da Alvorada, o presidente interino Michel Temer aproveita as oportunidades para angariar votos e intensificar o corpo a corpo a favor do impeachment. Neste domingo (26), ele saiu de São Paulo e foi a Goiás participar do aniversário do senador Wilder Morais (PP-GO), para ficar cada vez mais próximos dos parlamentares que poderão torná-lo presidente da República definitivamente.

Na festa, com cerca de quatro mil convidados, Temer fez corpo a corpo com vários senadores ao som de músicas de Wesley Safadão e Aviões do Forró. Os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE), Ciro Nogueira (PP-PI), Sérgio Petecão (PSD-AC), José Medeiros (PSD-MT), Hélio José (PMDB-DF) e José Perrela (PR-MG) estavam presentes.

Para a plateia, fez um rápido discurso. Homenageou o aniversariante e cumprimentou nominalmente todos os políticos importantes que estavam ali.

“Nessa nossa interinidade, o que estamos tentando fazer é unir o país. Os brasileiros têm que estar unidos para tirar o país da crise”, falou o presidente interino. “Os brasileiros têm de ter essa alegria que estão expressando aqui”.

Ao fazer o discurso, Temer foi aplaudido. Ele lembrou a trajetória do senador que “nasceu na roça” e chegou o Parlamento, aproveitando o momento para falar de sua origem. “Eu sou filho de imigrantes (…) e cheguei aonde cheguei”, afirmou.

A visita do presidente interino ao aniversário do senador foi rápida. Em apenas 40 minutos, Temer já retornava para o avião que o levaria para Brasília. Ele foi de helicóptero da base aérea para a fazenda do senador em Nerópolis.

No trajeto, conversou com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Ouviu do parlamentar que, dos 27 governadores, 23 estão aplaudindo a iniciativa de negociar a dívida com os estados. Temer teria dito que foi uma coisa simples de fazer. Apenas recebeu as pessoas e questionou o porquê de a Dilma não ter feito isso.

“Não recebia o povo e tentava encaminhar as coisas simples”, falou o presidente, segundo Eunício.

Segundo o senador, Temer ainda fez uma avaliação dos votos que tem para aprovação do impeachment. Disse que está aberto para receber qualquer senador que estivesse indeciso. Orientou o líder do partido que leve ao Palácio do Planalto qualquer parlamentar indeciso.

Numa outra frente de batalha, Michel Temer marcou um jantar com todos os senadores e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O técnico detalhará para os parlamentares o que aconteceria com a economia se a presidente afastada voltasse.

A artilharia está mais pesada à medida da proximidade da votação. No dia 9 de agosto, a comissão do Senado vota se a acusação contra Dilma é procedente ou não. Assim, o julgamento final deve ser feito por volta de 22 de agosto. Até lá, a presidente afastada poderá depor, mas ainda não está definido se ela irá ou será representada pelo ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.

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