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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O vice-presidente Michel Temer chega ao dia do provável afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo com seu Ministério praticamente pronto, sem notáveis, como pretendia, e exclusivamente integrado por políticos dos partidos que formarão sua base de apoio.

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Depois que decidiu cortar dez dos atuais 32 ministérios, o peemedebista avançou na terça-feira nas negociações com os partidos aliados, que aceitaram reduzir a pressão por indicações no primeiro escalão.

Entre as soluções encontradas por Temer para acomodar os partidos que comporão sua base está, por exemplo, a indicação do deputado Roberto Freire (PPS) para a Secretaria de Cultura, que ficará dentro do Ministério da Educação, pasta que será comandada pelo deputado Mendonça Filho (DEM). O mesmo ocorrerá com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, que deixa de ser ministério e ficará com o Solidariedade, sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Social. A pasta foi prometida ao deputado Osmar Terra (PMDB-RS).

As secretarias de Portos e Aviação Civil perderão o status de ministério e serão parte do Ministério dos Transportes, que será comandado pelo deputado Maurício Quintella Lessa (PR). Mas Temer as utilizará para acomodar aliados. A secretaria de Portos ficará com o peemedebista Helder Barbalho, e a Aviação Civil, com Dario Rais Lopes, considerado um técnico aliado de Kassab, mas indicado pelo PR.

Ciência e Tecnologia, que deixará de ser ministério e ficará dentro do Ministério das Comunicações, ficará com o PSD. Antes, foi oferecida ao PRB, mas Temer recuou. Quanto ao PRB, há impasse. Nenhuma oferta do peemedebista agradou ao partido. Segundo deputados da legenda, Temer ofereceu o Ministério do Esporte, mas o partido ligado à Igreja Universal não quer retornar à pasta. Também avalia como insuficiente ocupar uma secretaria sem status de ministério.

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O PSC deve ficar com o INSS, mas o partido deseja mais espaço na gestão Temer. Com a ida do Solidariedade para a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, o PTB deve ficar com o Ministério do Trabalho. O nome ainda está sendo discutido.

Das 22 pastas que serão mantidas em seu eventual governo, 14 já têm nomes definidos. Há dúvidas, ainda, quanto aos ministérios da Defesa, Indústria e Comércio, Esporte, Integração Nacional, Turismo e Minas e Energia.

Nesta terça-feira, a tendência era de que Raul Jungmann (PPS) ficasse com a Defesa, mas ainda não foi batido o martelo. Emissários de Temer ainda tentam convencer o tucano Tasso Jereissatti a aceitar convite para o o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.

No Esporte, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) foi convidado por Temer e aceitou. No entanto, como a bancada do PMDB na Câmara deverá ficar com duas pastas, ele poderá abrir mão e indicar um nome de sua preferência.

A Integração Nacional havia sido oferecida ao PSB, mas o PMDB do Senado resolveu pedi-la liberando o Ministério de Minas e Energia. Há impasse, porque uma parte do PSB quer a Integração. No Turismo, Temer poderá indicar Henrique Eduardo Alves, mas como há pouco espaço para muitos partidos, ainda está pendente.

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