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| Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE

O vice-presidente Michel Temer disse, em mais uma rodada de conversas com empresários de São Paulo, que será difícil Dilma Rousseff (PT) chegar até o fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade.

Se a chapa for cassada eu vou para casa feliz. Ela vai para casa... Não sei se feliz.

Michel Temer, vice-presidente.

Lula

O ex-presidente Lula disse nesta quinta (3) à presidente Dilma Rousseff estar preocupado com o afastamento de Michel Temer e de seu partido, o PMDB, do governo e afirmou que a sucessora precisa “repactuar” a relação com o aliado o mais rápido possível. Dilma rebateu que, esta semana, reuniu-se pessoalmente com Temer e outros caciques da sigla. Lula, por sua vez, disse que isso não era suficiente, visto que setores do governo estão preocupados com movimentos de alguns peemedebistas e que o sentimento era de “conspiração”.

Depois disso, já no final do evento, se exaltou ao responder uma pergunta do empresário Fábio Suplicy, que questionou como Temer gostaria de entrar para a história: “Estadista ou oportunista?”, indagou.

Visivelmente irritado, Temer disse que muita gente fala sobre o assunto, mas ele “não move uma palha” para prejudicar a petista. “Não há um fato na minha trajetória que o senhor possa apontar”, afirmou. Depois afirmou que, se conspirasse, “aí sim eu estaria manchando a minha história”.

A fala ocorreu já ao fim do evento. Antes, questionado sobre as hipóteses que rondam o fim precoce do governo – renúncia, impeachment ou cassação via Justiça Eleitoral–, afirmou que Dilma não faz o estilo “renuncista” e que, se a chapa for cassada, não discutirá, “porque as instituições têm que funcionar”.

“Se a chapa for cassada eu vou para casa feliz. Ela vai para casa... Não sei se feliz”, concluiu, provocado pela plateia.

Por fim, questionado sobre o que fazer pelos próximos anos se a situação do governo não melhorar, respondeu: “Se continuar assim, de fato, fica difícil”.

Temer asseverou que “espera que o governo vá até 2018” e que acredita que há chances de recuperação caso a economia melhore e a articulação política também.

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