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Acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, não participa nesta segunda-feira de reunião da comissão executiva do PT, da qual faz parte, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, que reúne também os presidentes do partido nos estados, teve início às 15h30 em um hotel de São Paulo.

Vaccari tem sido pressionado por lideranças petistas para deixar o cargo. O PT do Rio Grande do Sul chegou a enviar um documento à executiva nacional reivindicando o afastamento do dirigente. O grupo Mensagem ao Partido, que representa a segunda força dentro do PT, também defende a saída do tesoureiro. Vaccari, no entanto, tem contado com o respaldo do presidente nacional da legenda, Rui Falcão.

Publicamente, o ex-presidente Lula também defende Vaccari. O tesoureiro chegou a ser aplaudido em dois encontros do partido desde o final do ano, quando ficaram mais fortes as denúncias de sua suposta participação em um esquema de distribuição de propinas a partidos políticos por parte de empresas contratadas pela Petrobras.

Genro defende afastamento preventivo de Vaccari do cargo de tesoureiro

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Depois de participar pela manhã de um encontro com Lula e o futuro ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o ex-governador Tarso Genro defendeu publicamente a saída do tesoureiro. Tarso é um dos fundadores da Mensagem ao Partido. “Se ele foi denunciado e se a denúncia foi aceita, como é a informação que temos, o partido deve pedir para que ele se afaste. E se ele não se afastar, afastá-lo preventivamente”, afirmou o ex-governador.

Crise no governo

Na chegada ao hotel onde se reúne a comissão executiva do PT, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o partido enfrenta um cenário como se a oposição tivesse ganhado a eleição. “Nós estamos vivendo uma situação paradoxal. Ganhamos a eleição com uma narrativa que a campanha teve capacidade de fazer, a presidente Dilma Rousseff como candidata assumiu de forma muito corajosa, explícita. Pouco depois da sua eleição, passamos a viver uma situação como se quem tivesse ganhado fosse a oposição e não o governo. Esse é um tema sobre o qual temos que nos debruçar”, afirmou Garcia.

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