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Claudelei Lima foi eleito vereador em Quedas do Iguaçu em outubro de 2016. | Reprodução/Facebook
Claudelei Lima foi eleito vereador em Quedas do Iguaçu em outubro de 2016.| Foto: Reprodução/Facebook

Um vereador eleito em Quedas do Iguaçu, oeste do Paraná, tomou posse do cargo dentro da Penitenciária Industrial de Cascavel.

Claudelei Lima (PT) foi eleito para seu primeiro mandato legislativo em outubro passado, mas acabou preso um mês depois em uma operação da Polícia Civil do Paraná que investigava a suspeita de formação de milícias em ocupações mantidas pelo Movimentado dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Vereador mais votado de Quedas do Iguaçu na última eleição municipal, Claudelei e outras sete pessoas foram presas no dia 4 de novembro durante a chamada Operação Castra.

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Segundo a Polícia Civil, as pessoas detidas integram o MST e são investigadas por crimes como organização criminosa suspeita de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e permitido e constrangimento ilegal.

Ainda cumprindo a pena inicialmente imposta pela juíza a juíza de Quedas do Iguaçu, Paula Chedid Magalhães, Claudelei Lima – conhecido como Cachorro – acabou empossado em uma cerimônia realizada dentro do presídio na última quarta-feira (18).

Em nota, o presidente da Câmara de Quedas do Iguaçu, vereador Eleandro da Silva (SSD), informou que a posse foi embasada no regimento interno da Câmara e que o pedido para que ela ocorresse foi analisado e aceito pelo jurídico da casa legislativa.

O texto afirma ainda que Claudelei Torrente de Lima tem todos os direitos políticos assegurados, uma vez que ainda não foi condenado pelos crimes dos quais é acusado.

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Operação Castra

À época da prisão, o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária relatou que havia a polícia havia identificado um estado paralelo em algumas ocupações do MST.

“O próprio MST mantinha suas regras. Lá, os integrantes do movimento são julgados e condenados, tendo que passar por ‘castigos’ impostos pela liderança”, havia relatado Mesquita em entrevista concedida à sua assessoria e publicada no site da pasta estadual.

Além dos oito presos,outras oito pessoas foram consideradas foragidas à época da deflagração da operação.

A operação ganhou destaque nacional também por conta do cumprimento de um mandado de prisão dentro da escola agrícola Florestan Fernandes, no interior de São Paulo. Policiais civis daquele estado disseram terem sido hostilizados durante o cumprimento do mandado de prisão contra Margareth Barbosa de Souza.

Já o MST, lideranças sindicais, políticos ligados ao PT e ao PSOL e até artistas como o Wagner Moura criticaram a ação policial. Segundo eles, a polícia teria usado de violência contra um grupo que estudava no local.

Logo após as prisões, o MST havia informado que era vítima “de criminalização por parte do aparato repressor do Estado Paranaense” e que o objetivo da ação era prender e criminalizar lideranças dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, por conta de uma disputa de terras com a empresa Araupel.

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